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Renamo defende distribuição de alimentos pelos pobres em Moçambique

A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, instou hoje o Governo a distribuir gratuitamente alimentos pelas famílias mais pobres, para aliviar os efeitos das restrições impostas pelo impacto do novo coronavírus.

Renamo defende distribuição de alimentos pelos pobres em Moçambique
Notícias ao Minuto

16:59 - 02/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"A Renamo defende a distribuição de alimentação para que o apelo 'fique em casa' não se torne num dilema entre morrer à fome ou morrer de coronavírus", disse Alberto Ferreira, deputado da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), na Assembleia da República.

A maioria das famílias moçambicanas vive do que ganha em cada dia e começa a ficar privada de rendimentos, acrescentou Alberto Ferreira.

Os moçambicanos, prosseguiu, vão ter enormes dificuldades de acatar as medidas de prevenção impostas pelo Governo, porque não têm luz, água canalizada e dinheiro para comprar artigos de higiene.

Alberto Ferreira assinalou que Moçambique enfrenta a pandemia da covid-19 num contexto de décadas de má gestão pública praticada pelo Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

"A pandemia da covid-19 soma-se a uma outra 'pandemia' de má gestão da coisa pública durante décadas", afirmou.

Por seu turno, Caifadine Manasse, deputado e porta-voz da Frelimo, pediu a união de todos os moçambicanos na luta contra a doença provocada pelo novo coronavírus, porque se trata de um "inimigo comum".

"A covid-19 não escolhe cor partidária, é um inimigo comum de toda a humanidade, independentemente da cor política", defendeu Caifadine Manasse.

Os deputados da Assembleia da República estão reunidos para debater o Programa Quinquenal do Governo de Moçambique (PQG), mas a sessão tem sido monopolizada por discursos sobre o impacto da covid-19 no país.

Moçambique regista 10 casos oficiais de infeção pelo novo coronavírus e vive em estado de emergência até final do mês, proibindo todo o tipo de eventos, públicos ou privados e até religiosos.

O país cumpre hoje o segundo dia de estado de emergência aprovado na terça-feira pelo parlamento, a pedido do Presidente da República, Filipe Nyusi, visando enfrentar a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil e cerca de 180.000 são consideradas curadas.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de infeções pelo novo coronavírus em África ultrapassou hoje a marca dos seis mil casos (6.313), registando-se 221 mortes em 49 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente africano.

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