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Covid-19: OMS insiste que jovens não devem descurar proteção

Mais de 95% dos mortos na Europa infetadas pelo novo coronavírus tinham mais de 60 anos, mas os jovens não devem descurar as medidas de proteção, lembrou hoje o responsável da Organização Mundial de Saúde para a Europa.

Covid-19: OMS insiste que jovens não devem descurar proteção
Notícias ao Minuto

14:48 - 02/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Hans Kluge disse que a idade não é o único fator de risco para contrair de forma grave a doença que colocou milhões de pessoas em isolamento e está a parar a economia mundial.

"A ideia de que a covid-19 apenas afeta as pessoas com mais idade é factualmente errada", afirmou durante uma conferência de imprensa 'online'. "As pessoas jovens não são invencíveis", referiu.

Estes comentários vão ao encontro das declarações do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A organização das Nações Unidas para a Saúde estima que 10% a 15% das pessoas com menos de 50 anos sejam casos moderados a graves.

"Casos graves da doença têm sido registados em adolescentes e jovens na casa dos 20 anos, muitos deles a requererem cuidados intensivos e alguns, infelizmente, morreram", lamentou Kluge.

O mesmo responsável afirmou que as estatísticas recentes mostraram que mais de 30 mil pessoas morreram na Europa, a maioria em Itália, França e Espanha.

"Sabemos que mais de 95% destas mortes ocorreram acima dos 60 anos de idade", mais de metade das quais em pessoas com mais de 80 anos, frisou.

Kluge indicou que mais de 80% dos que morreram tinham, pelo menos, outro problema crónico, como complicações cardiovasculares, hipertensão ou diabetes.

"No aspeto positivo, há relatos de pessoas com mais de 100 anos que foram admitidas no hospital por covid-19 e registam agora uma completa recuperação", exemplificou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 47.000 morreram.

Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou OMS a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 508.000 infetados e mais de 34.500 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos. Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.155 óbitos, em 110.574 casos confirmados até quarta-feira.

Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 10.003, entre 110.238 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos são o país que contabiliza mais infetados (216.722).

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação à véspera (+9,5%).

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje um prolongamento até ao final do dia 17 de abril.

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