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EUA defendem que países da NATO devem manter investimento em defesa

A representante permanente dos EUA na NATO, Kay Hutchinson, defendeu hoje que o investimento em defesa deve ser prioridade de todos os países membros da Aliança, no mundo pós-pandemia de covid-19.

EUA defendem que países da NATO devem manter investimento em defesa
Notícias ao Minuto

14:55 - 01/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Questionada sobre a eventualidade de uma crise económica global levar os países a retraírem-se no investimento feito na área da defesa, Hutchinson disse que a pandemia de covid-19 veio mostrar que a área da defesa é essencial e que as grandes ameaças à segurança das pessoas não vão desaparecer por causa da propagação do novo coronavírus.

Numa videoconferência de imprensa, em que a agência Lusa participou, na véspera de uma reunião virtual de ministros da Defesa da Nato, Kay Hutchinson recordou a importância que a Nato tem tido na partilha de informações e na cooperação de meios materiais e humanos, durante esta fase de ataque à pandemia.

"Todas as economias vão sofrer. Mas a segurança deve ser uma prioridade. O terrorismo não vai parar. As ameaças com armas nucleares não vão desaparecer", disse a representante dos Estados Unidos na NATO, para reforçar a ideia de que os membros da organização devem manter o compromisso de continuar a investir 02% do seu Produto Interno Bruto na área da defesa, conforme estipulado nas regras da Aliança.

Hutchinson reconheceu que na reunião de ministros da Defesa da Nato, que decorre quinta-feira, pela primeira vez em formato virtual, a pandemia covid-19 será o tema central, "até porque, em toda a sua história, a organização nunca viveu uma situação como esta", tornando-se necessário que os países membros organizem formas de colaboração para o combate à propagação do vírus.

"Todos têm feito um trabalho notável, nomeadamente no apoio aos países mais afetados, como é o caso da Espanha, Itália e Roménia", reconheceu a representante norte-americana, que lamentou que os navios-hospital da Marinha dos EUA não possam servir de apoio aos aliados europeus, por estarem ao serviço do apoio a doentes de covid-19 nos Estados Unidos.

Hutchinson reforçou ainda o empenho dos EUA nas diferentes missões que a NATO continuará a realizar, nomeadamente no Iraque, depois de recentemente o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter apelado a uma maior intervenção da Aliança, tendo em vista a retirada do contingente norte-americano da região.

Hutchinson saudou ainda a chegada da Macedónia do Norte à Nato, de que é elemento efetivo desde quinta-feira, após 20 anos de trabalho para obter esse reconhecimento, dizendo que se trata de um bom exemplo para outros países que pretendem a adesão à Aliança, como é o caso da Ucrânia e da Geórgia.

A representante dos EUA na NATO foi muito cautelosa nas respostas, quando questionada sobre o apoio que a Turquia, membro da organização, tem dado ao regime sírio e pelo entendimento próximo demonstrado com a Rússia.

"É importante que a Turquia se demarque das atitudes de agressão do Governo da Síria e que repense a utilização do sistema de defesa que adquiriu à Rússia", disse Hutchinson, referindo-se ao sistema antimíssil que Ancara comprou a Moscovo.

O serviço de imprensa da NATO em Bruxelas, que moderou a conferência de imprensa, evitou que a embaixadora norte-americana fosse confrontada com uma pergunta, colocada por vários jornalistas, em ambiente 'online', sobre o facto de a Hungria, membro da ALiença, ter permitido ao Presidente Viktor Orban governar com poderes discricionários e acrescidos por tempo ilimitado, a coberto do estado de emergência por causa da pandemia de covid-19.

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