República Centro-Africana tem 5 milhões de habitantes e três ventiladores
Conselho Norueguês de Refugiados apela à "comunidade internacional que apoie países que estão gravemente incapacitados" para lidar com a pandemia de Covid-19.
© Reuters
Mundo Covid-19
O Conselho Norueguês de Refugiados (NRC) emitiu, esta terça-feira, um comunicado no qual apela à "comunidade internacional que apoie países que estão gravemente incapacitados" para lidar com a pandemia de Covid-19, dando como exemplo a República Centro-Africana.
Apesar de este país contar com uma população de, sensivelmente, cinco milhões de pessoas, as unidades hospitalares dispõem de um conjunto de apenas três ventiladores, o que, na ótica do diretor do NRC, David Manan, pode vir a significar "uma catástrofe".
"Isto pode ser replicado ao longo dos países mais pobres do mundo, onde as infraestruturas sanitárias são, virtualmente, inexistentes", acrescentou David Manan para a operação da organização na República Centro-Africana.
"Quando as nações ricas estão em modo de pânico ao constatar que milhares de ventiladores não serão suficientes, deixa apenas mais claro que nações mais pobres, como a República Centro-Africana, não têm hipótese na luta contra a Covid-19", concluiu.
A República Centro-Africana registou, até à data, apenas cinco casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus. No entanto, conta com perto de 700 mil pessoas sem lar, em regiões de densidade populacional elevada e sem condições sanitárias.
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