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Austrália mobiliza forças de defesa para garantir isolamento de viajantes

O primeiro-ministro australiano anunciou hoje a mobilização das forças de defesa e polícia para garantir que todos os viajantes que chegarem à Austrália sejam colocados em quarentena obrigatória em hotéis, como prevenção da covid-19.

Austrália mobiliza forças de defesa para garantir isolamento de viajantes
Notícias ao Minuto

06:34 - 27/03/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"Aprovámos outras medidas para fortalecer o auto-isolamento. O mais tardar até às 24:00 de sábado (13:00 de sexta-feira em Lisboa), os estados e territórios vão colocar [em quarentena] todos os viajantes que chegarem em hotéis e outras instalações de acomodação durante duas semanas", disse Scott Morrison.

"Mobilizaremos as forças de defesa para apoiar na implementação da medida. Teremos botas no chão para apoiar o esforço de fiscalização da quarentena", referiu, numa conferência de imprensa no final de uma reunião do Governo.

A polícia vai continuar a atuar contra quem viole a lei de biossegurança em vigor, sublinhou.

Scott Morrison disse que os esforços de contenção da população para limitar a transmissão comunitária permitiram ao Governo concentrar-se no que é hoje a maior ameaça, os viajantes que estão a regressar.

O responsável dos serviços de saúde australianos, Brendan Murphy, disse que dois terços dos casos confirmados "são viajantes que regressaram" e uma proporção significativa dos restantes são transmissões destes viajantes.

Na quinta-feira chegaram ao país 7.120 pessoas, todas elas cidadãos ou residentes permanentes, já que os estrangeiros estão proibidos de entrar. Em igual período do ano passado entraram quase 50 mil pessoas por dia, no país.

"O número de chegadas agora está num nível que os estados e territórios consideram ser capazes de implementar agora estas medidas", referiu.

A Austrália conta mais de três mil casos da covid-19, quase metade em Nova Gales do Sul, e 13 mortos.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.

Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes reportadas (29.406 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes.

Os Estados Unidos tornaram-se quinta-feira o país com mais casos de infeções no mundo, ultrapassando Itália e a China, com mais de 85 mil casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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