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Corrupção na América Latina pode aumentar, avisa ONG

Representantes da Transparência Internacional (TI) na América Latina alertaram hoje para o risco de aumento de corrupção na região, devido às compras e contratos feitos pelos governos dos países para enfrentar a pandemia covid-19.

Corrupção na América Latina pode aumentar, avisa ONG
Notícias ao Minuto

20:05 - 26/03/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Elementos da organização não-governamental Transparência Internacional na América Latina, numa conferência de imprensa, chamaram a atenção para a necessidade de que as ajudas destinadas a aliviar a situação criada pela pandemia não sejam desviadas para "corrupção e oportunismo".

O diretor da TI no Brasil, Bruno Brandão, explicou que, na crise atual, os governos "estão a realizar gastos públicos extraordinários" para enfrentar a crise e que "existem riscos de que grupos com acesso privilegiado obtenham benefícios especiais".

"Na situação de emergência sanitária em que a população se encontra, é preciso responder com ferramentas de transparência", defendeu Pablo Secchi, diretor executivo da Fundação Poder Ciudadano, departamento argentino da Transparência Internacional.

Nesse sentido, Secchi pede que todas as compras e contratos do Estado sejam "publicados em formatos abertos" para que os cidadãos a eles possam ter acesso.

No caso da Venezuela, que, juntamente com a Nicarágua, é considerado um dos países mais corruptos da América Latina, a organização pede também abertura total das compras estatais.

Carlos Pimentel, diretor executivo da Participação do Cidadão, departamento dominicano da TI, disse que os riscos de corrupção aumentam em períodos de emergência nesses países.

A República Dominicana, segundo dados da organização, em 2019 estava entre os países com mais altos níveis de corrupção.

Os representantes da América Latina da TI consideram que é "essencial que a transparência, abertura e integridade sejam mantidas e que fortaleçam as compras e os contratos públicos durante o estado de emergência declarado" na América Latina.

Nesse sentido, os ativistas exigem publicidade máxima nas informações sobre compras governamentais relacionadas com a situação de emergência que sejam ativados mecanismos que evitem esquemas que provoquem especulação de preços.

"A situação de emergência não pode justificar a ausência de responsabilização adequada", conclui a organização, num comunicado emitido no final da conversa com os jornalistas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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