França vai retirar do Iraque militares que estão a dar formação
A França vai retirar os seus militares do Iraque, onde participam em missões de formação, anunciou hoje o Estado-Maior francês, em resultado designadamente da pandemia do novo coronavírus, que acaba assim com uma das operações externas de Paris.
© Reuters
Mundo Covid-19
Fronteiriço do Irão, onde o vírus já matou mais de 2.000 pessoas, o Iraque impôs, no domingo, à escala nacional, medidas muito restritivas contra o novo coronavírus, e divulgou a existência de 20 mortos e 233 pessoas infetadas com a doença covid-19.
"Em coordenação com o Governo iraquiano, a coligação (internacional anti-Estado Islâmico, liderada pelos EUA) decidiu ajustar o seu dispositivo no Iraque e suspender provisoriamente as suas atividades de formação das forças de segurança iraquianas, considerando em particular a crise sanitária", sublinhou a instituição militar francesa, em comunicado.
Assim, "a França decidiu repatriar até nova ordem o pessoal da Operação Chammal (componente francesa da operação internacional) destacada para o Iraque", cujo total ronda os 200 efetivos, empenhados até agora na formação do exército iraquiano, que tem sido desenvolvida no Estado-Maior da coligação em Bagdade.
A partir de hoje, data do início do repatriamento, "já não há mais tropas Chammal no Iraque", disse o porta-voz do Estado-Maior francês, Frédéric Barbry, à AFP, salientando que esta retirada era, "em princípio, temporária".
O exército norte-americano, que representa a maior parte das forças estrangeiras destacadas no Iraque, tinha anunciado no final da semana passada uma redução temporária da dimensão da coligação.
"Para prevenir uma propagação da covid-19, o exército iraquiano suspendeu toda a formação. Em consequência, a coligação vai reenviar temporariamente para os seus países, nos próximos dias, alguns dos seus elementos especializados na formação", indicou, na sexta-feira, o Comando Central dos militares norte-americanos, o designado Centcom, que inclui o Iraque e a Síria.
Os britânicos e os checos também já anunciaram uma retirada de forças do Iraque.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.
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