Com estas baixas, eleva-se para 151 o número de mercenários sírios mortos desde o início deste ano, adiantou o Observatório Sírio.
Os corpos dos mercenários foram repatriados para a Síria e enterrados em áreas sob o controlo das milícias "Escudo do Eufrates" na região de Aleppo, precisou a organização.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, as mortes ocorreram nas frentes de batalha a sul da capital, como Al Salah Al-Din, Al Ramlah ou Al Hadabah, todos próximos ao antigo aeroporto internacional de Tripoli, um ponto-chave para a conquista da cidade, mas também da vizinha cidade de Misrata, que mantém laços históricos, económicos e estratégicos com a Turquia.
Os mercenários pertencem a grupos de rebeldes sírios, como as divisões Al-Mutasim, Sultan Murad e as brigadas Suqur Al-Shamal Al-Hamzat e Suleiman Shah, segundo a mesma fonte.
Desde que a Turquia enviou tropas e decidiu apoiar a contratação de mercenários sírios, 4.750 desembarcaram para lutar na Líbia.
A sangrenta guerra civil que assola a Líbia desde o fracassado processo de paz implementado pelas Nações Unidas em 2015 intensificou-se desde que o marechal Khalifa Hafter, líder do governo não reconhecido no leste do país, ordenou a realização de um cerco à capital.
Desde então, cerca de 1.500 pessoas - mais de 300 civis - morreram, 15 mil ficaram feridas e mais de 130 mil cidadãos foram forçados a deixar as suas casas e a engrossar o número de deslocados.
Este comandante, que controla a maior parte das reservas de petróleo da Líbia e quase todo o território nacional, tem o apoio económico e militar da Rússia, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos - países que fornecem mercenários, armas e superioridade aérea - e conta com o apoio político da França e dos EUA.
Paralelamente, o Governo do Acordo Nacional (GNA), reconhecido pela comunidade internacional, recebe ajuda económica e militar do Qatar, Turquia e Itália, além da poderosa cidade-estado de Misrata, e dificilmente domina e controla a capital e algumas populações ocidentais com a cumplicidade de milícias salafistas e diversos "senhores da guerra".