Os EUA mantêm detidas cerca de 27 mil pessoas naqueles centros.
Detidos e advogados têm dito que aqueles milhares de pessoas estão em situação de grande vulnerabilidade, devido a fatores de idade, doenças que já têm, proximidade das camas em espaços abertos, e falta de máscaras e outras proteções.
"É impossível ficar calmo", disse Marco Battistotti, um italiano que está entre os 170 detidos pela agência norte-americana encarregue de controlar as fronteiras na prisão do condado de Bristol, no estado do Massachusetts.
"As pessoas estão a ficar cheias de pânico. As pessoas estão cheias de medo", reforçou.
Várias organizações de advogados estão a recorrer aos tribunais, designadamente na Califórnia, Maryland e Pensilvânia, para procurarem obter a libertação destes migrantes, em particular, dos que se encontram em situação de maior risco.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Nos Estados Unidos, mais de 60.000 casos de covid-19 foram registados hoje, incluindo 849 mortos, mais 250 do que no dia anterior, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.