Ministro da Defesa do Sudão morre de ataque cardíaco
O ministro da Defesa do Sudão, general Omar Gamal al-Din, morreu hoje de ataque cardíaco na capital do Sudão do Sul, onde se encontrava a participar em negociações de paz, anunciaram o Governo e as Forças Armadas do país.
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Mundo Sudão
"Omar Gamal al-Din, com 60 anos de idade, encontrava-se na capital do Sudão do Sul, Juba, onde participava em conversações, no âmbito do processo de paz, entre o Governo de transição no seu país e os rebeldes", explicou um oficial.
A mesma fonte adiantou que o responsável governamental participou em reuniões que se estenderam até tarde na terça-feira e faleceu hoje de manhã.
Nascido em janeiro de 1960, Omar era membro do Conselho Soberano do Sudão, que está no poder no país desde o ano passado, depois de um acordo assinado que vigorará por 39 meses (período de transição), de partilha entre os militares e o movimento pró-democracia que liderou a revolta contra o ex-Presidente Omar al-Bashir.
Numa declaração divulgada hoje, o general Abdel-Fattah Burhan, que dirige o Conselho Soberano, disse que lamentava a morte de Omar, que "morreu enquanto lutava pela estabilidade do Sudão", numa alusão às conversas com os rebeldes que têm por objetivo por fim às longas guerras civis no país.
O primeiro-ministro sudanês, Abdalla Hamdok, lamentou a morte de Omar, considerando-o como um dos "filhos leais" do Sudão, que desempenhou "um papel eficaz" nas conversações com os rebeldes.
A agência de notícias estatal SUNA disse que foi rezada uma oração fúnebre em Juba, antes de o seu corpo ser transportado para a capital sudanesa, Kartum, onde se irá realizar o enterro.
Mohammed Hassan al-Taishi, porta-voz da delegação do Governo sudanês para as conversações com os rebeldes, disse que as negociações serão suspensas por uma semana por causa da morte de Omar, a contar de hoje.
O Governo de transição do Sudão tem estado envolvido em conversações de paz com grupos rebeldes desde outubro.
Juba, a capital do Sudão do Sul, está a ser o palco daquelas negociações que visam estabilizar o país e ajudar no seu frágil caminho para a democracia, para que consiga sobreviver após a queda de al-Bashir, que se manteve no poder durante quase três décadas.
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