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Representante luso-malaio apela à criação de fundo para o "portugueses"

Um representante da minoria luso-malaia perante o estado de Malaca apelou hoje à CPLP que crie um fundo de 100 milhões de dólares (93 milhões de euros) "para ajudar o mundo português" afetado pela covid-19.

Representante luso-malaio apela à criação de fundo para o "portugueses"
Notícias ao Minuto

08:36 - 23/03/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"Proponho um fundo de 100 milhões de dólares da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] para ajudar o mundo português a combater o vírus. A CPLP terá coragem ou vontade política? Acredito que sim", afirmou à agência Lusa Joseph Santa Maria.

Na opinião de Joseph Santa Maria, que é também um dos líderes da comunidade do Bairro Português em Malaca, o fundo deve ser canalizado para comunidades dos descendentes de portugueses no Sri Lanka e para as aldeias 'lusas' em Tugu e Flores, Indonésia,

A prioridade passa pela aquisição de máscaras e desinfetantes, detalhou o luso-malaio.

Em relação à comunidade de descendentes portugueses em Malaca, Joseph Santa Maria afiançou que foi criada uma equipa que procura angariar fundos para apoiar os cerca de mil a dois mil lusodescendentes em mais de 110 casas.

Por essa razão, o fundo a ser criado pela CPLP deveria ser canalizado para outras comunidades luso-asiáticas, defendeu.

"A CPLP pode fazer algo, tenho certeza", afirmou, reforçando: "Este é o momento que a CPLP deve mostrar que se importa".

"Os líderes da CPLP precisam de realizar uma reunião de videoconferência de emergência para definir a ajuda à comunidade portuguesa em todo o mundo", frisou o responsável.

Por outro lado, Joseph Santa Maria pediu ainda à "família portuguesa asiática", espalhada um pouco por todo do continente, para que assumam um papel proativo, em especial os líderes de cada comunidade.

"Exorto-os a ficarem em casa e ouvirem os seus governos nestes tempos difíceis", apelou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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