O Ministério do Interior disse que cerca de 400 polícias apreenderam armas de fogo, material de propaganda e pequenas quantidades de drogas durante os ataques às casas de 21 membros do grupo.

Um oficial de segurança da Alemanha, Horst Seehofer, disse que a ação foi contra o grupo Povos e Tribos da Alemanha Unida, que foi recentemente banido, sendo a primeira vez que um grupo associado ao chamado movimento Reichsbuerger foi proibido.

"Estamos a lidar com um grupo que distribui textos racistas e antissemitas e, ao fazê-lo, sistematicamente envenena a nossa sociedade livre", disse Seehofer em comunicado.

O chefe do Conselho Central da Alemanha, Josef Schuster, elogiou a proibição do grupo.

O movimento Reichsbuerger, ou cidadãos do Reich, tem semelhanças com os movimentos supremacistas nos Estados Unidos e em outros lugares.

Este movimento alemão rejeita a autoridade do Estado alemão moderno e promove a noção de "direitos naturais", frequentemente misturando essa ideologia com políticas de extrema-direita e teorias esotéricas da conspiração.

"No momento, o Estado não deve desistir da luta contra o extremismo de direita, o antissemitismo e o racismo", disse Seehofer, acrescentando que em tempos de crise - como a atual pandemia do novo coronavírus - as teorias da conspiração proliferam.

"O movimento de cidadãos do Reich, com a sua ideologia militante e revisionista, representa um grande perigo para nossa democracia e coexistência pacífica", declarou.

As autoridades dizem que membros do grupo recém-proibido, cujas atividades estão focadas em Berlim, lançaram ameaças contra as autoridades alemãs.

O serviço de informação doméstica da Alemanha diz que o movimento de cidadãos do Reich tem cerca de 19.000 membros, incluindo quase 1.000 extremistas de direita conhecidos.

As autoridades alemãs retiraram centenas de licenças de armas de fogo dos cidadãos do Reich nos últimos anos.