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O pior "ainda está por vir". Sanchéz pede "sacrifício e união"

Chefe do governo espanhol credita que os espanhóis vão superar esta crise.

O pior "ainda está por vir". Sanchéz pede "sacrifício e união"
Notícias ao Minuto

09:37 - 18/03/20 por Andrea Pinto com Lusa

Mundo Espanha

Primeiro-ministro espanhol dirigiu-se, esta manhã, a um congresso praticamente vazio - para evitar a propagação da Covid-19 - para fazer um rescaldo da pandemia no país e deixar uma palavra de esperança.

"A pandemia é uma emergência sanitária, social e económica. É um desafio sem precedentes ”, afirmou. “As medidas são muito exigentes, mas são essenciais e proporcionais O mais difícil ainda está por vir. Precisamos do apoio do Estado", alertou Sanchéz.

Mas esta não foi a única ajuda a que apelou. "Precisamos de mais. Precisamos da ajuda de toda a comunidade. Dos proprietários de imóveis aos arrendatários, dos empregadores aos empregados, dos credores aos devedores. Todos temos de ser compreensivos uns para com os outros, assim sairemos mais unidos e fortes desta crise", disse, pedindo a todos "o melhor de si mesmos", pois todos "temos uma missão".

"Peço sacrifício e união. Não é um capricho ou algo gratuito, mas sim o que deve ser feito para salvar muitas vidas", salientou.

O discurso do chefe do governo espanhol terminou, contudo, com uma mensagem de esperança. "Somos mais de 47 milhões de pessoas, somos uma comunidade, que com vários idiomas e sotaques luta por uma mesma causa: unidos vencer o vírus. E vamos vencê-lo", atirou.

O líder do maior partido da oposição, Pablo Casado do Partido Popular (PP, direita), garantiu que Pedro Sánchez não estava "sozinho" para enfrentar a pandemia do coronavírus e que podia contar com o apoio da sua formação.

Casado assegurou o apoio a Sánchez mesmo, segundo ele, se tiver dificuldade em aprovar medidas difíceis que poderão não ser aceites pela coligação de extrema-esquerda Unidas Podemos, os parceiros do PSOE no executivo espanhol.

Pedro Sanchéz, chefe  do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), compareceu perante a sessão plenária do Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento) num hemiciclo quase vazio, com apenas cerca de trinta deputados nas bancadas, uma vez que a maioria não compareceu para evitar o contágio da pandemia.

A sessão sem a presença de jornalistas ou público nas galerias foi convocada para explicar à câmara, como está previsto na Constituição espanhola, as razões que levaram o Governo a decretar o 'estado de emergência' para enfrentar o novo coronavírus.

A Espanha é um dos países mais atingidos com a pandemia Covid-19, tendo registado até terça-feira 11.178 casos positivos desde o início do surto, dos quais 491 pessoas morreram e 1.098 foram curadas.

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