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Irão adverte Trump contra ataques norte-americanos no Iraque

O Irão advertiu hoje o presidente norte-americano contra qualquer "ação perigosa" e o governo iraquiano considerou uma violação da sua soberania ataques norte-americanos de represália no Iraque, que mataram cinco membros das forças iraquianas e um civil.

Irão adverte Trump contra ataques norte-americanos no Iraque
Notícias ao Minuto

12:41 - 13/03/20 por Lusa

Mundo Conflito

Três militares e dois polícias foram mortos em bombardeamentos durante a noite sobre posições no sul do Iraque, assim como um civil que trabalhava na zona de construção do aeroporto de Karbala, no sul de Bagdad, segundo um comunicado do exército, que denunciou "uma escalada ameaçando a segurança".

Nos ataques ficaram ainda feridos 11 militares, alguns das unidades pró-Irão do Hachd al-Chaabi (Forças de Mobilização Popular), e um civil.

O Pentágono tinha anunciado a realização de ataques noturnos contra as Brigadas do Hezbollah, uma fação do Hachd al-Chaabi, após dois militares norte-americanos terem morrido na quarta-feira num ataque com "rockets" a uma base da coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos no Iraque.

"Os Estados Unidos não podem culpar os outros, (...) pelas consequências da sua presença ilegal no Iraque e pelas reações do seu povo ao assassinato e morte de comandantes e de combatentes iraquianos", declarou num comunicado o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Mussavi.

"Em vez de realizar ações perigosas e de lançar acusações infundadas, (o presidente norte-americano Donald) Trump devia considerar a presença e o comportamento das suas tropas na região", adiantou Mussavi.

O ataque de quarta-feira, o 22.º contra interesses norte-americanos no Iraque desde final de outubro, não foi reivindicado, mas Washington acusou as fações do Hachd al-Chaab por violências recentes semelhantes.

"O Comando expressa a sua forte rejeição a este ataque dirigido às instituições militares iraquianas e que viola o princípio da cooperação entre as forças de segurança iraquianas e as partes que planearam e realizaram este ataque traiçoeiro", indicou num comunicado a Unidade de Informações de Segurança iraquiana.

No mesmo comunicado, o Comando de Operações Conjuntas qualificou a "agressão" de violação da soberania iraquiana e alertou que pode levar a uma "escalada".

Além dos dois militares norte-americanos, uma militar britânica morreu no ataque de "rockets" de quarta-feira contra a base de Taji, nos arredores de Bagdad, e 14 outras pessoas ficaram feridas, cinco em estado grave.

Londres considerou hoje "proporcionados" os bombardeamentos norte-americanos de represália contra a milícia pró-iraniana.

"A resposta ao ataque cobarde contra as forças da coligação no Iraque foi rápida, decisiva e proporcional", declarou num comunicado o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab.

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