À chegada ao Parlamento, Sakelaropulu foi recebida pelo primeiro-ministro, o conservador Kyriakos Mitsotakis, e pelo presidente do Parlamento, Kostantinos Tasulas, que a acompanharam até ao hemiciclo.
No local decorreu a cerimónia de posse dirigida pelo arcebispo de Atenas perante os convidados que se mantiveram separados a uma distância de um metro entre cada um.
Tratou-se de um momento histórico para o Parlamento grego, que conta com um número inferior de deputadas em relação a outros países europeus, mas a cerimónia foi prejudicada pelas medidas de contingência contra a pandemia do novo coronavirus (Covid-19) que infetou 117 pessoas na Grécia, até ao momento.
Em cerimónias de tomada de posse de chefe de Estado costumam ser convidadas cerca de mil pessoas, mas hoje a tomada de posse não contou com mais de 150 convidados: líderes dos partidos políticos, porta-vozes dos grupos parlamentares e membros da mesa do Parlamento.
A presença de líderes religiosos e jornalistas foi igualmente muito reduzida.
A Grécia tomou medidas drásticas contra a pandemia, encerrando estabelecimentos de ensino, cinemas, teatros, ginásios e clubes noturnos e reduzindo a atividade dos tribunais.
Sakelaropulu, que foi presidente do Tribunal Supremo Administrativo da Grécia, substitui como chefe de Estado o conservador Prokopis Pavlopulos e é apontada como uma figura progressista.
O mandato presidencial é visto como uma possibilidade para inverter a situação da igualdade de género na Grécia.
De acordo com dados da agência Europeia para a Igualdade, no Parlamento grego apenas 18% dos parlamentares são mulheres e entre os altos quadros administrativos só 9,3% são do sexo feminino.