EUA acusam Rússia de promover ações ilegais contra a Ucrânia
O Departamento de Estado norte-americano acusa o Governo russo de continuar a lutar ao lado de forças independentistas ilegais no leste da Ucrânia, entre outras graves violações, num relatório sobre Práticas de Direitos Humanos em 2019.
© Reuters
Mundo Direitos Humanos
O relatório hoje divulgado pelo Departamento de Estado cita "observadores credíveis" que referem a existência de milhares de mortos e feridos, civis, bem como "numerosos abusos" cometidos por forças lideradas pela Rússia na região leste da Ucrânia, prosseguindo uma violação do direito internacional na região, iniciada com a anexação da Crimeia.
O documento fala em "prisões, detenções e julgamentos por motivos políticos de cidadãos ucranianos na Rússia, muitos dos quais alegaram terem sido torturados".
O Departamento de Estado denuncia ainda a prática de "assassinatos extrajudiciais, incluindo de lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e pessoas intersexuais na Chechénia, pelas autoridades do governo local; desaparecimentos forçados; tortura generalizada por parte das autoridades governamentais que às vezes resultavam em morte e ocasionalmente envolviam violência sexual ou encarceramento psiquiátrico punitivo; condições severas e com risco de vida nas prisões; prisão e detenção arbitrárias".
O relatório fala igualmente do aumento de número de prisioneiros políticos, que criticam o regime do Presidente Vladimir Putin, e que participaram nas múltiplas manifestações contra o Governo, ao longo de 2019.
O documento revela ainda casos de supressão severa da liberdade de expressão, incluindo o uso de leis "anti-extremismo" e outra legislação para processar dissidências pacíficas; violência contra jornalistas; bloqueio e filtragem de conteúdo da Internet e severa supressão do direito de reunião pacífica".
"O Governo não tomou as medidas necessárias para processar ou punir a maioria das autoridades que cometeram abusos, resultando num clima de impunidade", acusa o Departamento de Estado.
Os abusos cometidos por esses oficiais do Governo incluem "restrições severas da liberdade religiosa; repulsão de refugiados; limites severos à participação no processo político, incluindo restrições à capacidade dos candidatos da oposição de procurar cargos públicos e realizar campanhas políticas e na capacidade da sociedade civil de monitorizar os processos eleitorais".
Segundo o Departamento de Estado, o Governo russo revela "corrupção generalizada em todos os níveis e em todos os ramos do governo" promovendo o aborto coercitivo e a esterilização; tráfico de pessoas; e crimes envolvendo violência ou ameaças de violência contra pessoas com deficiência e membros de minorias étnicas".
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