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Direitos Humanos. EUA apontam violações ao Governo afegão e aos talibãs

O Departamento de Estado norte-americano denuncia a violação grave de direitos humanos por parte do Governo do Afeganistão, mas também aponta muitas ilegalidades aos rebeldes talibãs, num relatório sobre Práticas de Direitos Humanos em 2019.

Direitos Humanos. EUA apontam violações ao Governo afegão e aos talibãs
Notícias ao Minuto

19:48 - 11/03/20 por Lusa

Mundo Direitos Humanos

O relatório hoje divulgado pelo Departamento de Estado acusa o Governo afegão de "desrespeito generalizado do Estado de Direito e impunidade dos responsáveis por violações dos direitos humanos" cometidos em nome dos interesses do regime ou dos seus opositores.

O Afeganistão é governado por um Presidente eleito, mas há insurgentes armados talibãs que controlam algumas partes do país e que são igualmente alvo de acusações de violações dos Direitos Humanos por parte do Governo dos EUA.

"O Governo não processou de maneira consistente ou eficaz os abusos cometidos por funcionários, incluindo as forças de segurança", diz o relatório, que também acusa os insurgentes de violações sistemáticas da legalidade.

O relatório fala ainda de ações de "tortura por forças de segurança e entidades antigovernamentais, detenção arbitrária por forças de segurança e insurgentes, corrupção governamental e falta de responsabilização e de investigação em casos de violência contra as mulheres".

O Departamento de Estado considera que os elementos antigovernamentais continuam a atacar os líderes religiosos que criticam os talibãs, com quem o Governo dos EUA estabeleceu recentemente um acordo de paz, para pôr fim a 18 anos de conflito militar no Afeganistão.

O documento explicita que "muitos académicos islâmicos foram assassinados em ataques que nunca foram reivindicados", lamentando a falta de eficácia do Governo de Cabul para manter a ordem e a segurança da população, mas também acusa "grupos insurgentes armados de realizar ataques a civis e matar pessoas associadas ao Governo".

O relatório acusa os talibãs de usarem "crianças-soldados como homens-bomba e para transporte de armas", acusando-os de ameaçarem, roubarem e sequestrarem funcionários do Governo, bem como estrangeiros e trabalhadores de organizações não-governamentais.

"A Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA) registou 8.239 baixas de civis nos primeiros nove meses do ano, com 62% dessas baixas atribuídas a rebeldes antigovernamentais", conclui o relatório.

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