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Moscovo não "fecha porta" a aliança com OPEP para equilibrar mercado

O ministro da Energia russo, Alexandre Novak, declarou hoje que não "fecha a porta" à aliança OPEP-Rússia para estabilizar o mercado do petróleo.

Moscovo não "fecha porta" a aliança com OPEP para equilibrar mercado
Notícias ao Minuto

13:21 - 10/03/20 por Lusa

Mundo OPEP

"A porta não está fechada", declarou o ministro numa entrevista à cadeia de televisão "Rossiïa-24", indicando que o facto de o acordo de redução da produção não ter sido prolongado além do mês de abril "não significa que no futuro não possa haver mais cooperação entre países OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) e não OPEP".

"Se necessário, nós temos diversos instrumentos, incluindo uma redução e um aumento da produção, e novos acordos podem ser concluídos. Nós previmos reuniões regulares em maio junho para avaliar a situação", adiantou Novak.

A Rússia, que não é membro da OPEP, opôs-se na sexta-feira a um novo corte de 1,5 milhões de barris por dia, com as companhias russas a oporem-se a cortes por receio de perder quotas de mercado e para concorrer ofensivamente com o petróleo de xisto dos Estados Unidos.

Em resposta, a Arábia Saudita lançou-se numa vasta liquidação fazendo a maior redução dos preços de petróleo em 20 anos.

A gigante petrolífera saudita Saudi Aramco anunciou hoje que abrirá torneiras a partir de 01 de abril para 12,3 milhões de barris por dia, mais 25,5% que atualmente.

Novak assegurou que "a curto prazo, (a Rússia) pode aumentar a produção em 200.000, 300.000 barris por dia, com um potencial de 500.000 barris por dia num futuro próximo".

Os preços do petróleo entraram em colapso na segunda-feira, sofrendo a queda mais severa desde a Guerra do Golfo de 1991, após a decisão unilateral de Riade de baixar os preços após o fracasso das negociações entre o líder OPEP, Arábia Saudita, e a Rússia, o segundo maior produtor mundial. O rublo também sofreu a maior queda em quatro anos em relação ao dólar.

Após uma segunda-feira negra, as bolsas de valores do mundo ficaram aliviadas na terça-feira pelo aumento dos preços do petróleo. Mas foi a vez da Bolsa de Moscovo entrar hoje em colapso na abertura, após um fim de semana de três dias.

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