Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

Quedas na bolsa não vão afetar Fundo Petrolífero timorense a longo prazo

As autoridades timorenses mostraram-se hoje confiantes de que as atuais convulsões no mercado petrolífero e bolsista não afetarão a estratégia a longo prazo dos investimentos do Fundo Petrolífero do país, principal fonte de receita nacional.

Quedas na bolsa não vão afetar Fundo Petrolífero timorense a longo prazo
Notícias ao Minuto

09:35 - 09/03/20 por Lusa

Mundo Timor-Leste

Fonte oficial da Unidade de Gestão do Fundo Petrolífero disse à Lusa que as flutuações do mercado são "consideradas", mas "não afetam a estratégia" que é sempre a mais longo prazo.

"O que ocorre nos mercados petrolífero, no comportamento dos títulos do tesouro nos mercados internacionais, não afeta diretamente o Orçamento Geral do Estado (OGE) anual. Apenas afetam diretamente a receita do Fundo Petrolífero", explicou.

"Neste aspeto a nossa equipa adota sempre uma estratégia de investimento a longo prazo pelo que o risco de situações, como os receios atuais em torno ao coronavírus ou o comportamento pontual do mercado, não afetam a jornada a longo prazo dos investimentos", acrescentou.

Com receitas não-petrolíferas a serem insuficientes para alimentar o Tesouro em Timor-Leste, o Fundo Petrolífero é a maior fonte de receitas do Estado e, por consequência, da economia nacional que continua dependente de gastos públicos.

O Fundo Petrolífero é assim o principal 'colchão' de gastos do Estado, especialmente porque até 5% do seu valor é mantido em dinheiro, ou seja "com liquidez suficiente para responder a necessidades".

A mesma fonte explicou que, normalmente, o Governo adota uma polícia fiscal "contra-cíclica" e que, se anualmente o retorno do investimento for mais baixo, afetando o saldo do Fundo Petrolífero, o que pode ocorrer é ajuste na política orçamental do ano seguinte.

"Se o retorno for mais reduzido, isso pode servir como referência para pensar sobre quanto se pode ou deve levantar do Fundo para o OGE", disse.

"Mas a nossa experiência é de que as flutuações se nivelam. Já tivemos essas experiências no passado, já tivemos flutuações várias vezes", sublinhou.

A mesma fonte recordou que cerca de três quartos dos investimentos do Fundo Petrolífero estão no mercado norte-americano, que "é mais estável que muitos outros" e que o eventual impacto a curto prazo, não impede que "se continue a ter retornos elevados no futuro".

Recorde-se que o Fundo Petrolífero timorense registou em 2019 o seu maior retorno no investimento de sempre, no total de 2,1 mil milhões de dólares (cerca de 1,90 mil milhões de euros).

Em 2019, o valor do fundo cresceu mais de 11,94% -- passando de 15,80 mil milhões de dólares (14,26 milhões de euros) em 01 de janeiro para 17,69 mil milhões de dólares (15,96 milhões de euros) em 31 de dezembro.

As bolsas mundiais estão hoje em convulsão com alguns mercados a registarem quedas que não se viam desde a última crise financeira, impulsionadas pela guerra do preço do petróleo e pelos receios em torno do novo coronavírus.

O preço do crude chegou a cair mais de 30%, a maior descida desde a Guerra do Golfo em 1991.

Pela primeira vez, os 'yield' (retorno sobre um investimento) dos títulos do tesouro norte-americano a 10 anos caíram abaixo dos 0,5% e a 30 anos desceram para menos de 1%.

O mercado de futuros do Índice S&P 500 desceu mais de 5%, com os mercados da Ásia todos a 'vermelho' e a Austrália, por exemplo, a descer mais de 5%.

Tanto o yen como o euro estão a valorizar face ao dólar.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório