Covid-19: Polícias falsos burlam estudantes chineses em França
Estudantes chineses em França foram alvo de fraude por homens que se fizeram passar por polícias e os multaram com base na lei que proíbe o uso do véu completo, denunciou hoje a embaixada chinesa em Paris.
© Reuters
Mundo Coronavírus
"Os estudantes (...) foram multados em 150 euros pela 'polícia' por violarem a lei que proíbe a ocultação do rosto em espaços públicos", apontou a embaixada no seu portal oficial.
A conselho das autoridades de saúde chinesas, quase toda a gente usa máscaras cirúrgicas e de proteção nas cidades do país asiático, como forma de prevenção contra o surto do Covid-19, que surgiu em Wuhan, no centro da China, em dezembro.
Em França, no entanto, o Governo não recomenda o uso e são sobretudo os chineses radicados no país ou em turismo que usam máscara em público.
"Após ter averiguado com a polícia e a Justiça francesas, foi apurado que se trataram de criminosos que se fizeram passar por polícias. Usar máscara por razões de saúde é absolutamente legal", assegurou a embaixada, em comunicado.
A França foi o primeiro país europeu a banir o uso do véu em espaços públicos, com uma lei promulgada em outubro de 2010 pelo ex-Presidente Nicolas Sarkozy e aplicada desde abril de 2011.
A legislação pune com multa até 150 euros o uso do 'niqab', véu que mostra apenas os olhos, ou a burca, que os esconde atrás de um tecido de malha.
A embaixada da China também denunciou criminosos que se fazem passar por funcionários dos serviços de saúde para invadir e roubar as casas de cidadãos chineses que vivem no país.
A diplomacia chinesa pediu aos seu cidadãos que "fiquem atentos" face a pessoas que alegam agir em nome de medidas preventivas contra o coronavírus.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.
Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
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