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Europa adota medidas urgentes e extraordinárias para combater epidemia

Encerramento de escolas, quarentenas, intervenção militar e requisição de camas hospitalares são algumas das medidas que os países europeus estão a preparar para tentar retardar a disseminação do novo coronavírus.

Europa adota medidas urgentes e extraordinárias para combater epidemia
Notícias ao Minuto

14:54 - 04/03/20 por Lusa

Mundo Covid-19

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.

Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

ITÁLIA

O Governo anunciou que está a ponderar fechar todas as escolas e universidades até meio de março para evitar mais contágios da epidemia de coronavírus. A decisão final será tomada ainda hoje.

No país europeu mais afetado pela epidemia, 11 municípios do norte do país já estão em quarentena.

FRANÇA

A ministra da Defesa, Florence Parly, anunciou hoje que o Exército está pronto para intervir, se necessário, para apoiar os serviços estatais face à epidemia de Covid-19. Os hospitais militares "estão prontos para receber doentes" e "já receberam alguns", disse.

ALEMANHA

"O próximo passo", se a epidemia piorar, será "concentrar todos os recursos nos doentes mais graves", o que incluirá adiar cirurgias que não sejam urgentes, disse na terça-feira o ministro da Saúde, Jens Spahn, sublinhando, no entanto, que a Alemanha ainda não está "nesse ponto".

Colocar cidades ou regiões inteiras em quarentena só será decidido como "último recurso", acrescentou o ministro do Interior, Horst Seehofer.

REINO UNIDO

O país poderá fechar escolas, incentivar o teletrabalho e "reduzir o número de eventos grandes" para adiar a epidemia.

Caso a situação se agrave, a polícia deve "concentrar-se nos crimes graves e na manutenção da ordem pública" e os hospitais terão de adiar intervenções não urgentes. O pessoal médico já reformado pode ser chamado de volta a exercer funções, anunciou o Governo.

POLÓNIA

O parlamento adotou na noite de segunda para terça-feira uma série de medidas excecionais para enfrentar a epidemia de coronavírus, que inclui limitar certos direitos e liberdades civis, impor taxas extraordinárias à administração pública, contornar o código das hierarquias públicas, intervir diretamente no mercado de medicamentos ou mesmo recorrer ao Exército. As medidas ainda não foram aprovadas pelo Presidente.

ESTÓNIA

A polícia e os guardas de fronteira estão disponíveis para fazer cumprir quarentenas, caso tenham de ser aplicadas aos cidadãos, disse o ministro do Interior, Mart Helme.

GRÉCIA

Um decreto prevê a possibilidade de proibir temporariamente viagens de e para países com muitos casos de coronavírus e a requisição de camas de hotéis e clínicas privadas.

O texto também prevê o encerramento temporário de "espaços cobertos onde se realizam eventos públicos", como escolas, locais de culto, cinemas, teatros, ginásios e empresas.

NORUEGA

Quase todas as cirurgias programadas nos hospitais, não relacionadas com o coronavírus, podem ser adiadas, especialmente em unidades de cuidados intensivos para doenças respiratórias.

PAÍSES BAIXOS

O ministro da Saúde recomendou um aumento do pessoal médico em funções e pediu que sejam encontrados locais alternativos fora dos hospitais para acomodar doentes com testes positivos para coronavírus.

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