Indústria na China cai para nível mais baixo desde que há registo
A atividade da indústria manufatureira na China caiu em fevereiro para o nível mais baixo desde que há registo, quando as medidas de prevenção adotadas pelas autoridades para conter a epidemia do Covid-19 paralisaram o país.
© Reuters
Economia Covid-19
O índice, publicado pela revista chinesa Caixin desde 2004, e que se baseia nas respostas a um inquérito realizado junto de gestores de mais de 3.000 empresas manufatureiras de 31 setores industriais do país, caiu para 40,3 pontos, depois de se ter fixado nos 51,1 pontos, em janeiro passado.
Quando se encontra acima dos 50 pontos, este indicador sugere uma expansão do setor, abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da atividade.
Trata-se da maior queda de sempre do PMI face ao mês anterior e do nível mais baixo atingido por este indicador da economia chinesa.
Os dados apontam para os crescentes custos da epidemia. As praças financeiras globais caíram mais de 10%, desde meados de fevereiro, quando surtos no Irão, Itália e Coreia do Sul alimentaram os receios sobre o impacto de uma pandemia mundial.
A confiança dos empresários, no entanto, aumentou depois de o Partido Comunista Chinês ter prometido vários incentivos para retomar a atividade económica, incluindo redução da impostos e crédito barato, apontou a Caixin.
Uma outra medição do PMI, divulgado no sábado passado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas e pela Federação Chinesa de Logística e Compras, caiu para 35,7 pontos, em relação aos 50 alcançados em janeiro.
O grupo de empresas abrangidas pela pesquisa da Caixin inclui mais firmas privadas e exportadoras. A pesquisa do GNE tem mais empresas estatais, dependentes sobretudo do mercado interno.
Ambas as pesquisas indicaram quedas para níveis muito abaixo dos mínimos anteriores, atingidos durante a crise financeira global de 2008.
O Governo prolongou as férias do Ano Novo Lunar para manter fábricas e escritórios fechados.
Ondas de choque espalharam-se pela Ásia, afetando toda a cadeia global de produção, já que a China é responsável pela montagens da maioria dos telemóveis, brinquedos, eletrodomésticos e outros bens de consumo distribuídos mundialmente.
As autoridades chinesas expressaram confiança, no entanto, de que as metas anuais de crescimento económico estipulados por Pequim serão atingidas.
No ano passado, o crescimento da economia chinesa caiu para 6,1%, o ritmo mais baixo em quase três décadas. Analistas já esperavam que o crescimento deste ano caísse abaixo dos 6%, mas consideram que, quanto mais tempo perdurarem as medidas de prevenção do vírus, mais estímulos serão necessários para atingir as metas oficiais de crescimento, o que acarretará um aumento da dívida pública chinesa, já num nível muito alto.
O acesso a Wuhan, cidade com onze milhões de habitantes e importante centro industrial, está bloqueado desde 23 de janeiro. O controlo sobre a movimentação de pessoas alargou-se a outras cidades, atingindo, no total, cerca de 60 milhões de pessoas.
Restaurantes, lojas, cinemas e outras empresas em todo o país receberam ordens para fechar. As vendas de automóveis e imóveis caíram quase 100% em termos homólogos.
Algumas indústrias, incluindo as usinas estatais de aço e cobre, operaram em níveis normais durante todo mês, ajudando a impulsionar a leitura oficial da atividade económica.
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