Afeganistão. "Devem estar preparados para regressar se acordo falhar"
Ex-comandante britânico refere que o Reino Unido e os Estados Unidos devem preparar-se para enviar novamente tropas caso o acordo de paz entre os Estados Unidos e os Talibãs, que é assinado este sábado, não resulte.
© Reuters
Mundo Talibãs
Na sequência do acordo de paz que será assinado este sábado no Qatar, entre os EUA e os talibãs - que marcará o início da retirada de mais de 4.000 soldados norte-americanos da região, reduzindo o contingente de 13.000 para 8.600 -, o ex-comandante britânico Lord Richard refere que "os EUA e o Reino Unido devem estar preparados para enviar novamente tropas, se o acordo falhar".
Se o acordo se realizar, Lord Richard disse, em entrevista à Sky News, que representará um cessar-fogo entre as duas partes, depois de quase 19 anos de guerra.
"Temos de nos preparar para a possibilidade de ser necessário fazer o que até agora - juntamente com os Americanos e os nossos aliados - temos vindo a fazer, para lembrar aos Talibãs que há uma linha que não cruzamos", afirmou o ex-comandante.
Se o acordo não for respeitado e os talibãs tentarem "marchar em Cabul", as tropas militares dos EUA e Reino Unido devem proteger o seu "aliado" não é governado pelos Talibãs, refere.
O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, estará presente durante a assinatura do acordo de paz, garantiu Donald Trump. Já o Secretário de Estado da defesa, Mike Epser, viajará para Cabul, para assinar uma declaração com o governo afegão, que não esteve diretamente envolvido nas negociações entre os EUA e os Talibãs.
O acordo conta com uma redução das tropas norte-americanas, britânicas e da NATO, no Afeganistão, mas não uma retirada imediata.
Num comunicado da Casa Branca, divulgado esta sexta-feira, o presidente norte-americano disse que esta era um ótima oportunidade para terminar "uma guerra" que dura há quase duas décadas e pediu aos afegãos para "aproveitar a oportunidade de paz".
Para Trump, "estes compromissos representam um passo importante para a paz duradoura num Afeganistão livre da Al-Qaeda, do Estado Islâmico e de qualquer outro grupo terrorista" que "queira causar dano".
A assinatura do acordo ocorre uma semana depois de a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos e os talibãs se terem comprometido a reduzir a violência na região.
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