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Covid-19: OMS aumenta risco de ameaça para "muito elevado"

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou hoje para "muito elevado" o nível de ameaça do novo coronavírus, que já infetou cerca de 79.000 pessoas na China e mais de 5.000 no resto do mundo.

Covid-19: OMS aumenta risco de ameaça para "muito elevado"
Notícias ao Minuto

15:57 - 28/02/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

"Aumentámos agora a nossa avaliação do risco de propagação do Covid-19 e do risco de impacto para um nível global muito elevado", disse o diretor-geral da OMSTedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa em Genebra, na Suíça.

Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que os epidemiologistas da OMS acompanharam em permanência os desenvolvimentos da infeção por SARS-CoV-2, doença denominada Covid-19, e foi decidido aumentar a avaliação do risco de propagação e do risco de impacto do Covid-19 para o nível mais alto.

Avançou ainda que mais de 20 vacinas estão a ser desenvolvidas em todo o mundo e que vários produtos terapêuticos estão a ser testados, sendo os primeiros resultados esperados em "algumas semanas".

Se a China era até há recentemente o único foco mundial do coronavírus, o risco multiplicou-se com o surgimento de novos casos em países como a Coreia do Sul, o Irão e a Itália.

Segundo a OMS, cerca de 50 países estão agora afetados.

"O que estamos a ver agora são epidemias relacionadas com o Covid-19 em vários países, mas a maioria dos casos ainda pode ser atribuída a contactos conhecidos ou grupos de casos", adiantou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo o responsável, "a chave para conter o novo coronavírus é quebrar as cadeias de transmissão".

Embora a OMS tenha aumentado o nível de ameaça internacional, não considera que sejam ainda uma pandemia.

Uma pandemia é uma situação em que "todos os cidadãos estão expostos", o que não é o caso, disse aos jornalistas o diretor de programas de emergência da OMS, Michael Ryan.

"Se fosse uma epidemia de gripe, teríamos falado de uma pandemia", mas no caso do novo coronavírus, "com medidas de contenção, o curso da epidemia pode ser interrompido de maneira significativa", explicou Michael Ryan.

Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.788 mortos da China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 52 casos suspeitos de infeção, 16 dos quais ainda estavam em estudo na quinta-feira.

Os restantes 36 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

Segundo a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal mantém-se "moderado a elevado".

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