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UE alerta para risco de "confronto militar internacional" em Idlib

O chefe da diplomacia europeia alertou hoje para o risco de "confronto militar internacional" na província rebelde síria de Idlib, que está a ser palco de uma catástrofe humanitária, a apelou à contenção da Rússia e da Turquia.

UE alerta para risco de "confronto militar internacional" em Idlib
Notícias ao Minuto

11:24 - 28/02/20 por Lusa

Mundo Síria

"A contínua escalada [de violência] tem de ser parada imediatamente. Existe o risco de se cair num grande e aberto confronto militar internacional", adverte o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell numa publicação feita na rede social Twitter.

Na mensagem, o chefe da diplomacia europeia alerta que o conflito em Idlib "está a causar um sofrimento humanitário insuportável e a colocar em perigo a vida dos civis".

"A UE apela a todos os lados para uma rápida contenção e lamenta todas as perdas de vidas humanas", acrescenta Josep Borrell.

O responsável adianta que a União vai agora "analisar todas as medidas necessárias para proteger os seus interesses de segurança", estando em "contacto com todos os atores relevantes" relativamente a esta situação.

A posição foi manifestada no dia em que o Conselho do Atlântico Norte, o mais alto órgão de tomada de decisão da NATO, se vai reunir de urgência a pedido da Turquia, devido à situação na Síria.

A Turquia invocou o Artigo 4.º do Tratado de Washington, segundo o qual qualquer aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) pode solicitar consultas quando acreditar que a sua integridade territorial, independência política ou segurança estão ameaçadas.

O pedido de consultas da Turquia com a NATO ocorreu depois de pelo menos 33 soldados turcos morrerem em combates com unidades do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Em resposta, o exército turco iniciou bombardeios aéreos e terrestres em posições sírias na parte norte do país árabe na noite de quinta-feira.

Além de uma grave crise humanitária, o avanço das forças sírias em Idlib, apoiadas pela Rússia, provocou uma crise com a Turquia, que apoia alguns rebeldes, e atritos entre Ancara e Moscovo.

Estes dois países acordaram em 2018, em Sochi (Rússia), um cessar-fogo e a instalação de postos de observação turcos na região de Idlib, mas o acordo deixou de ser respeitado e as duas partes rejeitam responsabilidade pelo seu fim.

Entretanto, também hoje, a Turquia elevou para 33 o número de mortos num ataque aéreo realizado na quinta-feira pelo Governo sírio no noroeste do país, um recorde de vítimas fatais para a Turquia num só dia desde 2016.

As mortes representam uma grave escalada no conflito direto entre a Turquia e as forças sírias apoiadas pela Rússia e que está ser travado desde o início de fevereiro.

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