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Síria: 16 combatentes do regime mortos em bombardeamentos turcos

Dezasseis combatentes do regime sírio morreram em bombardeamentos de represália do exército turco na província de Idlib, informou hoje uma ONG, após a morte de 33 soldados turcos em ataques atribuídos por Ancara ao poder em Damasco.

Síria: 16 combatentes do regime mortos em bombardeamentos turcos
Notícias ao Minuto

11:16 - 28/02/20 por Lusa

Mundo Síria

Aliada da Síria, a Rússia sublinhou hoje que o exército de Bashar al-Assad "tem todo o direito" de combater "terroristas" em Idlib, adiantando que Moscovo não pode impedir o regime sírio de reagir aos seus ataques.

Os bombardeamentos turcos realizados durante a noite "por artilharia ou com 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados)" visaram posições do regime nomeadamente no sul e leste daquela província no noroeste da Síria, precisou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

As autoridades de Damasco não comentaram a escalada com Ancara em Idlib, nem referiram qualquer balanço.

"Dezasseis combatentes das forças do regime foram mortos nos bombardeamentos turcos", indicou à agência France-Presse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Ancara tinha confirmado ter ripostado aos ataques atribuídos ao regime sírio e que mataram na quinta-feira 33 soldados turcos na província de Idlib.

"Todas as posições conhecidas do regime (sírio) foram alvo das nossas unidades terrestres e aéreas", afirmou o diretor de comunicação da Presidência turca, Fahrettin Altun, num comunicado.

Numa conferência de imprensa, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, assinalou que "em resposta às constantes violações do regime de cessar-fogo na zona de Idlib, o exército sírio tem todo o direito de responder, esmagar os terroristas".

"Nós não podemos proibir o exército sírio de cumprir com os requisitos mencionados nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre uma luta sem quartel contra o terrorismo em todas as suas formas e expressões", adiantou Lavrov.

Com o apoio de Moscovo, Damasco realiza desde abril uma ofensiva em Idlib, que reforçou em dezembro, para recuperar o último grande bastião rebelde e 'jihadista'.

A Turquia, que apoia alguns rebeldes e tem forças no noroeste sírio, tem insistido numa suspensão da ofensiva.

Ancara, que acolhe mais de 3,6 milhões de refugiados sírios no seu território, teme que a violência naquela província, fronteiriça à Turquia, provoque um novo fluxo de refugiados.

A tensão crescente nas últimas semanas entre as forças de Ancara e de Damasco já originou vários combates e os bombardeamentos de quinta-feira fizeram aumentar para pelo menos 53 o número de militares turcos mortos em Idlib em fevereiro.

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