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Maduro atribui surto do Covid-19 a guerra biológica contra a China

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, atribuiu hoje o surto do coronavírus Covid-19 a uma guerra biológica contra a China e anunciou a criação de uma comissão presidencial para enfrentar a epidemia do vírus.

Maduro atribui surto do Covid-19 a guerra biológica contra a China
Notícias ao Minuto

06:01 - 28/02/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

"Há muitas análises no mundo que já demonstram que o coronavírus pode ser uma cepa criada para a guerra biológica contra a China", disse.

Nicolás Maduro falava durante uma alocução ao país, obrigatoriamente transmitida em direto pelas rádios e televisões venezuelanas, durante a qual pediu à população que se una para combater o novo vírus.

"Já são muitos os elementos que são vistos na análise mundial e há que levantar a voz, chamar a atenção e tocar a campainha, alertar, que não seja o coronavírus uma arma de guerra, que está sendo usada contra a China e agora contra os povos do mundo em geral", frisou.

Segundo Nicolás Maduro a Venezuela "tem voz própria para alertar para essas coisas".

"Observem como o coronavírus tem avançado. Hoje criou-se uma comissão presidencial para atender o tema do coronavírus (...), hoje passaram revista a todos os mecanismos de prevenção, aos reagentes que felizmente temos no país e já temos um plano para enfrentar este ataque", disse.

Nicolás Maduro precisou que a comissão será liderada pela vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez.

"A humanidade viveu séculos com pestes. A maior peste que nos chegou foi a invasão imperialista da Europa que trouxe a varíola, as doenças venéreas, o sarampo e todas as doenças que os avós dos nossos avós, Guaicaipuro, TerepaimaChacao, Caricuao, Naiguatá (caciques indígenas) viram como doenças, chegaram e mataram milhões, e passámos dos 100 milhões de indígenas que éramos para três milhões em 100 anos", disse.

Nicolás Maduro explicou ainda que os vírus dessa invasão imperialista "acabaram com toda a população de um continente, da América".

"Não se pode esquecer. Exterminaram-nos, com as doenças que trouxeram. Os índios que viviam nesta terra, viviam tranquilos, em paz e sãos (...) agora estamos perante o coronavírus, sem dúvida uma ameaça", disse.

O Presidente da Venezuela anunciou que vai iniciar "uma campanha preventiva para se saber o que é o coronavírus, para se tomarem todas as medidas preventivas em casa, no lar, na escola, na fábrica, no centro de trabalho, na rua".

"A Venezuela, com o seu sistema de saúde pública e um povo consciente, vai enfrentar esta ameaça desse vírus (...) Peço as bênção de Deus e a união do povo para que todas as medidas que estão sendo tomadas sejam bem-sucedidas em prol da saúde e da vida do nosso povo", frisou.

O  Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 52 casos suspeitos de infeção, 16 dos quais ainda estavam em estudo na quinta-feira.

Os restantes 36 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

Segundo a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal mantém-se "moderado a elevado".

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