"Todas as posições conhecidas do regime (sírio) foram atacadas pelas nossas unidades terrestres e aéreas", declarou, em comunicado, o diretor de comunicação da presidência, Fahrettin Altun.
Esta resposta ocorre depois da morte de pelo menos 22 militares turcos em ataques atribuídos por Ancara ao regime sírio na região de Idlib.
"Os nossos valorosos soldados vão ser vingados", declarou Altun.
O responsável turco exortou a comunidade internacional, incluindo russos e iranianos, parceiros dos sírios, a "assumir as suas responsabilidades" para "fazer cessar os crimes contra a humanidade cometidos pelo regime".
As perdas pesadas sofridas hoje pelas forças turcas ocorrem semanas depois de escalada em Idlib entre Ancara e o regime sírio, apoiado por Moscovo.
Com o apoio da aviação de Moscovo, Damasco desencadeou em dezembro uma ofensiva para recuperar o controlo deste último bastião controlado pelos opositores ao regime sírio.
Tropas de Bashar al-Assad e russas têm intensificado a ofensiva nas últimas semanas e retomado várias localidades nesta província fronteiriça da Turquia.
A ofensiva provocou tensões entre a Rússia e a Turquia, dois atores principais do conflito sírio que reforçaram a sua cooperação neste assunto desde 2016, apesar de divergências dos seus interesses.
Nos últimos dias, Erdogan instou o regime sírio a retirar as suas tropas, até ao final de fevereiro, de algumas zonas na região de Idlib, ameaçando com o recurso à força.
A ofensiva do regime sírio está a provocar uma catástrofe humanitária, com cerca de um milhão de deslocados acantonados em uma estreita faixa de terreno na fronteira com a Turquia.
O conflito na Síria já provocou mais de 380 mil mortos e milhões de refugiados e deslocados, desde 2011.