As autoridades chinesas estão a preparar-se para enviar um 'exército' de 100 mil patos para o Paquistão, por forma a ajudar o país vizinho a combater uma das piores pragas de gafanhotos das últimas duas décadas, que ameaçam seriamente as colheitas.
Os especialistas chineses descreveram estes patos como "armas biológicas" e defendem que são mais eficientes do que pesticida contra aqueles insetos.
"Um pato é capaz de comer 200 gafanhotos por dia", disse Lu Lizhi, um investigador-chefe da Academia de Ciências Agrárias de Zhejiang, que está encarregue do projeto.
Os patos serão enviados para as províncias de Sindh, Balochistan e Punjab, as áreas mais afetadas pela praga de gafanhotos, segundo o Telegraph.
Recorde-se que a Comissão Europeia anunciou uma nova ajuda de 10 milhões de euros para o combate à praga de gafanhotos-do-deserto na África Oriental, sublinhando que se trata de uma das "mais graves" das últimas décadas e com risco de "alastrar rapidamente".
"Estão já a ser comunicados prejuízos nas culturas e nas pastagens no Quénia, na Etiópia e na Somália, os três países mais afetados, podendo as perdas alastrar rapidamente a outros países vizinhos, como o Djibuti, a Eritreia, o Sudão do Sul, a Tanzânia e o Uganda. O Iémen, o Sudão, o Irão, a Índia e o Paquistão estão também em risco", alertava o executivo comunitário.