ONU diz que o Brasil e os EUA "recuaram na proteção ambiental"
O Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou hoje o Brasil e os Estados Unidos de "voltarem atrás" em termos de proteção ambiental, ao mesmo tempo que elogiou o projeto do 'Acordo Verde' europeu.
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Mundo Ambiente
"Proteger o nosso meio ambiente é fundamental para o gozo de todos os direitos humanos", disse Michelle Bachelet, no Conselho de Direitos Humanos.
Bachelet lamentou os "reveses significativos nas políticas de proteção ambiental e dos direitos dos povos indígenas" no Brasil no Governo do Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
O presidente da extrema-direita, cético em relação às mudanças climáticas, foi criticado por diminuir as restrições à exploração das vastas riquezas da Amazónia. Em 2019, o primeiro ano do mandato de Bolsonaro, a desflorestação da Amazónia aumentou 29,5% em comparação com 2018.
A alta-comissária referiu também que "os Estados Unidos estão a recuar na proteção ambiental, inclusive para cursos de água e pântanos".
"Poluentes não tratados agora podem ser lançados diretamente em milhões de quilómetros de rios, colocando em risco ecossistemas, água potável e a saúde humana", afirmou.
A administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou no ano passado os regulamentos de proteção dos rios que datam do seu antecessor, Barack Obama (2009-2017), uma medida condenada por ambientalistas, mas aplaudida pelos agricultores e promotores imobiliários.
A decisão faz parte de uma série de desregulamentações ambientais colocadas em curso desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca em 2017, em particular em fábricas a carvão, emissões de carros ou lâmpadas.
Bachelet disse que medidas para reduzir os padrões de emissão de combustíveis e reduzir a regulamentação das indústrias de petróleo e gás nos Estados Unidos "também podem prejudicar os direitos humanos".
A alta-comissária saudou, no entanto, o projeto europeu de "Green Deal" ("Pacto Verde"), que visa a neutralidade do carbono até 2050, mas incentivou os europeus a adotar fortes medidas sociais para "garantir que apenas a transição não deixa ninguém para trás".
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