O número de mortos aumentou de 27 para 34 nas últimas horas e a maioria de pessoas que morreram de ferimentos sofridos nos confrontos na segunda-feira entre grupos hindus e muçulmanos rivais, de acordo com fontes consultadas em dois hospitais da capital indiana.
Outras 200 pessoas ficaram feridas e a maioria permanece hospitalizada.
A violência foi desencadeada no fim de semana quando um grupo de manifestantes bloqueou a estrada principal do bairro de Jaffrabad, no nordeste de Nova Deli, como um protesto contra a nova lei de cidadania.
Os distúrbios, que coincidiram com a visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocaram críticas dos partidos da oposição contra o Governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o seu partido Bharatiya Janata.
No final da visita, o Presidente dos EUA disse durante uma conferência de imprensa que este era um assunto interno da Índia e recusou-se a fazer qualquer comentário que pudesse ser considerado crítico ao Governo indiano.
Embora a capital indiana seja o epicentro de protestos contra a nova lei desde dezembro, quando foi aprovada, os distúrbios dos últimos dias são os piores episódios de violência que a capital experimentou em décadas.
A onda de protestos contra a polémica lei deixou entre dezembro e janeiro mais de vinte mortos em todo o país, porém nenhuma morte havia sido registada na capital.
Os muçulmanos protestam contra a nova lei de cidadania porque esta acelera a naturalização para minorias religiosas nascidas de todas as principais religiões do Sul da Ásia, exceto para o islamismo.