Erdogan anuncia morte de dois soldados turcos na Líbia
Dois soldados turcos foram mortos na Líbia, para onde Ancara enviou militares em apoio ao governo de Tripoli, anunciou hoje o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reconhecendo pela primeira vez baixas naquele cenário de guerra.
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Mundo Líbia
"Tivemos dois mártires na Líbia", disse Erdogan numa conferência de imprensa em Ancara.
O presidente turco não precisou quando nem em que circunstâncias os dois soldados foram mortos.
A Turquia enviou nas últimas semanas miliares para apoiar o governo líbio de união nacional (GNA) de Fayez al-Sarraj, perante a ofensiva do homem forte do leste líbio, o marechal Khalifa Haftar.
Haftar é apoiado por vários rivais regionais da Turquia, nomeadamente os Emirados Árabes Unidos e o Egito.
Segundo vários países, mercenários russos combatem também do lado de Haftar.
Na sexta-feira, Erdogan confirmou pela primeira vez a presença de combatentes sírios pró-Ancara na Líbia.
Oficialmente, os militares turcos foram destacados na Líbia para treinar as forças do GNA.
A Turquia apoia o GNA porque ambos assinaram um acordo controverso de delimitação marítima que permite a Ancara reivindicar uma zona rica em hidrocarbonetos do Mediterrâneo oriental.
A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais importantes no continente africano, é um país imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.
Desde 2015, o Governo de Acordo Nacional líbio, estabelecido em Tripoli e reconhecido pela ONU, e as forças leais ao marechal Khalifa Haftar disputam o poder líbio.
A situação tornou-se ainda mais crítica desde o início da ofensiva militar das forças do marechal Haftar, que avançou em abril de 2019 contra Tripoli.
Um cessar-fogo foi estabelecido em janeiro passado sob os auspícios da Rússia, que apoia Khalifa Haftar, e da Turquia, aliado do governo formado em 2015 e liderado por Fayez al-Sarraj, mas a trégua foi sucessivamente violada.
Desde o início da ofensiva das tropas de Haftar sobre Tripoli foram mortas mais de mil pessoas, incluindo mais de duas centenas de civis, e mais de 140.000 líbios estão deslocados, segundo a ONU.
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