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Descendentes dos hipopótamos de Pablo Escobar geram receio na Colômbia

Os habitantes de uma cidade têm medo de serem atacados pelos animais que andam pelas ruas e aproximam-se das casas. O narcotraficante tinha comprado quatro hipopótamos para o seu zoo privado. Agora são cerca de 80.

Descendentes dos hipopótamos de Pablo Escobar geram receio na Colômbia
Notícias ao Minuto

10:19 - 25/02/20 por Fábio Nunes

Mundo Pablo Escobar

Depois do seu reinado de terror, marcado pela violência e pelo número elevado de mortes, a Colômbia recuperou dos anos em que Pablo Escobar dominava o narcotráfico e o mundo do crime no país. No entanto, ainda subsiste um resquício da difícil herança deixada pelo barão da droga.

Os descendentes dos quatro hipopótamos que Escobar mantinha no seu zoo privado na Hacienda Napoles, a noroeste de Bogotá, estão a preocupar uma comunidade local.

Segundo a Sky News, os hipopótamos andam pelas ruas da cidade de Doradal e aproximam-se das casas dos habitantes, que temem ser atacados por estes animais que podem ser muito agressivos.

As autoridades colombianas estimam que o número de descendentes dos quatro hipopótamos que Escobar trouxe para a Hacienda Napoles ascenda a cerca de 80.

Após a morte do narcotraficante em 1993, a maioria dos animais do zoo de Escobar já tinha morrido ou foi transferida para novos lares. Mas os hipopótamos eram demasiado grandes e o seu transporte implicava um custo mais elevado, por isso foram abandonados.

Ao longo dos anos multiplicaram-se. Os animais vivem atualmente em redor do principal rio da Colômbia, o Magdalena.

Até ao momento não há registo de ataque dos hipopótamos a pessoas, mas o seu número crescente gera receio nos residentes de Doradal e já se verificaram alguns encontros imediatos entre os animais e os moradores desta cidade.

No início deste ano, Giver Cardona conduzia a sua moto quando chocou contra um hipopótamo que o surpreendeu. “Agora quando passo aqui de manhã abrando e presto mais atenção a cada curva. Os hipopótamos deixam-nos preocupados”, disse.

Já Maria Jaramilla contou que numa ocasião acordou a meio da noite e encontrou um hipopótamo a inspecionar a sua casa. “Foi um grande susto”, afirmou.

Os hipopótamos são infames em África pelo seu comportamento agressivo. Matam cerca de 500 pessoas por ano neste continente.

Os cientistas mostram-se preocupados com o impacto que estes animais estão a ter na fauna e flora da Colômbia.

No final deste ano, a agência ambiental Cornare vai tentar esterilizar alguns destes 80 hipopótamos numa tentativa de travar o seu crescimento populacional.

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