Libertado jornalista tanzaniano detido desde julho

O jornalista de investigação tanzaniano Erick Kabendera, acusado de crime organizado, branqueamento de capitais e evasão fiscal, foi hoje libertado, seis meses depois de ter sido acusado formalmente.

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Lusa
24/02/2020 19:36 ‧ 24/02/2020 por Lusa

Mundo

Erick Kabendera

A libertação de Kabendera ocorreu após este se ter declarado culpado, segundo o diário tanzaniano The Citizen.

O mesmo jornal refere que o tribunal de Dar es Salaam condenou Kabendera a pagar uma multa de 100 milhões de xelins tanzanianos (cerca de 40 mil euros) por branqueamento de capitais, uma penalização, entretanto paga pelo jornalista.

O mesmo tribunal ordenou o pagamento de 250 mil xelins tanzanianos (cerca de 100 euros), por evasão fiscal, assim como de uma compensação de 172 milhões de xelins (cerca de 69 mil euros) no prazo de seis meses.

Kabendera foi absolvido das acusações de crime organizado.

Em outubro, Kabendera afirmou que não tinha avançado com um pedido para libertação sob fiança porque não tinha capacidade para o pagar.

Erick Kabendera, um jornalista 'freelancer' que colabora com vários órgãos de comunicação social locais e internacionais, foi acusado, em agosto, de evasão fiscal em 75.250 dólares (cerca de 67 mil euros), lavagem de dinheiro e de crime organizado.

Erick Kabendera, que colabora com o diário regional The East African, com a revista especializada African Arguments e com o jornal britânico The Guardian, foi detido em 29 de julho, em sua casa, em Dar es Salaam, antiga capital tanzaniana.

Segundo a organização Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), a liberdade de imprensa e de expressão na Tanzânia tem sido afetada durante a presidência de John Magufuli.

Na altura da detenção de Kabendera, o CPJ assinalou o desaparecimento, em 2017, de um outro jornalista 'freelancer', Azory Gwanda, sem que se tenha sabido do seu paradeiro.

Sob a presidência de Magufuli registou-se um endurecimento das leis de imprensa e foi decretado o encerramento de vários blogues e 'media' online, impondo quotas de registo superiores a 400 dólares (358,8 euros).

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