Jihad Islâmica vai retomar ataques contra Israel

A Jihad Islâmica da Palestina anunciou hoje que vai retomar os ataques contra Israel, recuando na decisão de acabar com a "resposta militar" contra Telavive, devido aos sucessivos ataques do exército israelita na Faixa de Gaza.

Protestos em Gaza fazem pelo menos três mortos e 618 feridos

© Reuters

Lusa
24/02/2020 19:26 ‧ 24/02/2020 por Lusa

Mundo

Israel

A organização islâmica tinha informado hoje que as brigadas Al-Quds anunciaram que "puseram termo à sua resposta militar aos assassinatos em Khan Younes [Gaza] e em Damasco [Síria]", depois de dois dias de confrontos que provocaram a morte de três combatentes da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza e na Síria.

Contudo, o porta-voz desta organização, Abu Hamza, recuou e deu conta de que a resposta militar contra Israel seria retomada, "em resposta" aos ataques persistentes do exército israelita, de acordo com a France-Presse.

Um comunicado da Jihad Islâmica refere que lançou cerca de 60 mísseis contra Israel em resposta à morte dos três combatentes.

A maioria dos projéteis foram intercetados pelo sistema antimísseis israelita.

Em paralelo, aviões de combate e tanques do exército israelita bombardearam posições do movimento na Faixa de Gaza, um enclave onde habitam dois milhões de palestinianos submetidos a um estrito bloqueio do Estado hebreu.

Previamente, o primeiro-ministro israelita em funções, Benjamin Netanyahu, tinha ameaçado os governantes do Hamas, o movimento radical palestiniano que controla a Faixa de Gaza, com uma "guerra" se prosseguissem os disparos a partir do enclave.

Em declarações à Rádio Militar israelita, Netanyahu disse ter transmitido ao Hamas a mensagem de que, se o movimento não parasse os militantes envolvidos nos ataques, seria um alvo direto.

"Só vou para a guerra como última opção, mas preparámos algo que nem se imagina", declarou.

Os militares israelitas indicaram ter registado hoje o disparo de 14 mísseis, 12 dos quais foram intercetados pelo sistema de defesa Cúpula de Ferro.

Depois de a Jihad Islâmica ter atacado no domingo o sul de Israel, cerca de 65.000 estudantes foram obrigados a ficar em casa hoje de manhã nas cidades fronteiriças à Faixa de Gaza, os comboios foram anulados entre as cidades de Ashkelon e Beersheva e várias estradas cortadas na região.

Israel também retaliou com ataques aéreos a posições da Jihad Islâmica na Síria, que mataram dois membros do movimento islamita e outros quatro combatentes pró regime perto de Damasco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Os disparos da Jihad Islâmica no domingo já eram uma resposta à morte por Israel de um palestiniano que tentou colocar um engenho explosivo perto da barreira fronteiriça que separa o enclave palestiniano de Israel. Os militares recuperaram depois o corpo com um 'bulldozer', o que causou indignação entre os palestinianos.

Israel e o Hamas já estiveram envolvidos em três guerras entre 2008 e 2014 e em várias rondas de intensa violência desde então.

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