ONU abre exceção a bloqueio à Coreia do Norte para evitar Covid-19

A ONU abriu uma exceção às sanções que impõe à Coreia do Norte para que as organizações internacionais humanitárias possam levar medicação que combata a possibilidade de o país ser vítima da epidemia do coronavírus Covid-19.

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Lusa
24/02/2020 12:28 ‧ 24/02/2020 por Lusa

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Foi obtida "uma suspensão das sanções das Nações Unidas impostas à República Popular Democrática da Coreia pela resolução 1718.ª (de 2006), do Conselho de Segurança da ONU, e resoluções subsequentes", anunciou hoje a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em comunicado.

A exceção permitirá que a federação envie "apoio vital para proteger as pessoas da disseminação do novo coronavírus", detetado originalmente na China, refere o comunicado.

Segundo a Cruz Vermelha, "a possibilidade de haver uma epidemia de Covid-19 na República Popular Democrática da Coreia representa uma ameaça para milhões de pessoas, que já precisam de assistência humanitária".

A Coreia do Norte foi um dos primeiros países a fechar a sua fronteira com a China, que é o seu principal parceiro comercial e fornecedor de ajuda básica.

O país suspendeu as ligações aéreas e ferroviárias, proibiu as visitas turísticas e impôs uma quarentena de 30 dias às pessoas suspeitas de poderem ter contraído o vírus.

As autoridades de Pyongyang asseguraram estar a acompanhar a situação e o jornal oficial Rodong Sinmun anunciou na sexta-feira não haver casos no país.

"Felizmente, a infeção pelo novo coronavírus ainda não entrou no nosso país", referiu o jornal.

No entanto, os especialistas alertam para o risco de cidadãos da Coreia do Norte serem infetados, já que, avisam, isso criaria o caos na Saúde.

A Coreia do Norte, alvo de várias sanções económicas internacionais em resposta ao seu programa de armas nucleares e mísseis balísticos, tem um sistema de saúde nacional muito fraco.

"Sabemos que há uma necessidade urgente de equipamentos de proteção individual e 'kits' de triagem, itens essenciais para o país se preparar para uma possível epidemia", disse o diretor regional da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para a Ásia e Pacífico, Xavier Castellanos, citado no comunicado.

"Esta suspensão [das sanções] é uma intervenção para salvar vidas e uma medida importante para garantir que as sanções não tenham um impacto negativo na população" da Coreia do Norte, acrescentou, agradecendo à comissão de sanções das Nações Unidas por responder "rápida e urgentemente" ao pedido.

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho tem presença permanente na Coreia do Norte desde 1995.

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