Assembleias de voto encerram à meia noite no Irão
As assembleias de voto nas eleições legislativas do Irão, para eleger 290 deputados e sete membros da Assembleia de Peritos, encerraram oficialmente às 24:00 locais (20:30 em Lisboa), de acordo com as agências noticiosas iranianas Fars e Tasnim.
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Mundo Irão
O encerramento das urnas estava inicialmente previsto para as 18:00 locais (14:30 em Lisboa), mas o horário foi estendido pelo menos cinco vezes para permitir a participação do maior número possível de eleitores, segundo a agência France-Presse.
O número de eleitores que participaram neste sufrágio apenas deverá ser anunciado no sábado, enquanto os resultados finais deverão ser conhecidos até domingo.
A autoridades iranianas anunciaram que várias escolas vão estar encerradas, no sábado, nas principais cidades do país para permitir a contagem dos votos.
Mais de 57 milhões de eleitores estão inscritos para escolherem 290 deputados, cinco dos quais representam as minorias confessionais -- zoroastras (um), judeus (um), cristãos sírios e caldeus (um) e cristãos arménios (dois) -, de entre os mais de sete mil candidatos que vão a votos.
Os eleitores votam também para preencher sete lugares da Assembleia de Peritos em cinco províncias do país: Teerão, Qom, Khorasan Norte, Khorasan Razavi e Fars.
As urnas abriram às 08:00 locais (04:30 em Lisboa) e estava previsto encerrarem 10 horas depois, embora oportunamente tenha sido anunciado que a votação poderia vir a ser prolongada caso fosse necessário.
Hoje de manhã, logo após a abertura das urnas, o Guia Supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, salientou que votar era um "dever religioso", referiu a agência oficial IRNA.
Segundo números avançados pelo Ministério do Interior, citados pelas agências internacionais, referem que a taxa de participação era de apenas 19% às 15:00 locais (11:30 em Lisboa).
Uma elevada abstenção, previsível segundo observadores, representa uma derrota para o bloco conservador e ultraconservador e, por essa razão, nos últimos dias multiplicaram-se os apelos à participação dos eleitores.
Os conservadores têm como principal figura Mohammad Baqer Qalibaf, antigo presidente da câmara de Teerão (2005-2017), ex-comandante da polícia (2000-2005), por três vezes candidato derrotado em eleições presidenciais e que se apresenta como "tecnocrata".
Um lugar como deputado, dado como adquirido, pode resultar na sua eleição para a presidência do Majlis, pois o atual detentor do cargo, Ali Larijani, não se recandidata ao parlamento.
Do lado dos ultraconservadores, a principal figura é Morteza Aghatehrani, que já foi eleito deputado em duas ocasiões.
Com a desqualificação de muitos nomes importantes do lado dos reformadores, Majid Ansari, próximo do antigo Presidente Mohammad Khatami, surge como a figura de proa do movimento para o escrutínio.
Nas anteriores legislativas, realizadas em 2016, a taxa afluência declarada oficialmente foi de 62%.
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