Primeiro-ministro do Lesoto acusado de crime viaja para a África do Sul

O primeiro-ministro do Lesoto, Thomas Thabane, não vai comparecer hoje perante o tribunal que o vai acusar da morte da mulher porque "partiu" para a África do Sul por "motivos médicos", anunciou o secretário pessoal.

Thomas Thabane aceita demitir-se após implicação no homicídio da mulher

© Reuters

Lusa
21/02/2020 10:33 ‧ 21/02/2020 por Lusa

Mundo

Lesoto

"Ele não vai ao tribunal porque partiu para efetuar exames médicos na África do Sul" disse à France-Presse Thabo Thakalekoala, secretário do chefe do executivo, acrescentando que Thomas Thabane, 80 anos, já se encontra no país vizinho.

"Trata-se de um controlo de rotina. Ele vai com regularidade à África do Sul", disse ainda Thakalekoala.

"Quando os médicos considerarem que está tudo bem, ele vai ser autorizado a regressar", afirmou o secretário.

Thomas Thabane viajou para a África do Sul no mesmo dia em que a polícia do Lesoto anunciava que o chefe do Governo ia ser acusado formalmente da morte da mulher.

Lipolelo Thabane, a mulher do primeiro-ministro, foi assassinada a tiro no dia 16 de junho de 2017, quando entrava numa viatura na capital do reino do Lesoto, Maseru.

O primeiro-ministro e Lipolelo Thabane enfrentavam um processo de divórcio litigioso há vários anos.

Dois meses depois de Lipoelo ter sido assassinada, Thomas Thabane casava-se com Maesaiah Thabane.

A investigação sobre o crime prolongou-se durante dois anos tendo a atual mulher do primeiro-ministro sido acusada de envolvimento no assassínio no princípio do mês.

Maesaiah Thabane foi libertada sob caução.

Na quinta-feira, numa comunicação transmitido pela rádio e televisão públicas do Lesoto, o primeiro-ministro anunciou que vai apresentar a demissão até ao "final do mês de julho", por motivos relacionados com a idade.

O assunto está a agitar politicamente o Lesoto e o partido de Thomas Thabane (ABC) acabou por pressionar o chefe do governo a demitir-se.

O julgamento ameaça destabilizar o pequeno reino montanhoso situado no meio da África do Sul.

A história recente da monarquia constitucional do Lesoto, encabeçada atualmente pelo rei Letsie III, que não tem poderes executivos, está marcada por diversos golpes de Estado desde que conseguiu a independência do Reino Unido, em 1966.

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