Jerusalém: Anúncio de novas casas levará a mais violência
A Autoridade Palestiniana alertou hoje que o anúncio do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, da construção de milhares de habitações em colonatos em Jerusalém Oriental é "eleitoralista" e levará a "mais violência".
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Mundo Jerusalém
"A tentativa de Netanyahu de conquistar os votos da direita israelita nas vésperas das eleições em detrimento dos direitos dos palestinianos não conduzirá à paz e à estabilidade, mas a mais tensões e violências na região", comentou o porta-voz do presidente da Autoridade Palestiniana Mahmud Abbas num comunicado.
Em campanha para as legislativas israelitas de 2 de março, as terceiras em menos de um ano, Netanyahu anunciou hoje a construção de mais de 5.000 habitações na zona leste de Jerusalém, o setor palestiniano da cidade ocupada por Israel em 1967 e posteriormente anexada.
O porta-voz de Abbas denunciou uma vontade israelita de "destruir a solução de dois Estados" para resolver o conflito israelo-palestiniano e uma medida que "participa da aplicação do 'acordo do século'".
O plano de paz norte-americano apresentado no final de janeiro, que o presidente Donald Trump designava de "acordo do século", apresenta Jerusalém como "capital indivisível" de Israel e a capital de um eventual Estado palestiniano nos subúrbios da cidade.
Atualmente, mais de 600.000 pessoas vivem em colonatos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, que os palestinianos reivindicam como capital de um futuro Estado a que aspiram.
A organização israelita Paz Agora considerou que "a construção em Givat Hamatos (para onde Netanyahu anunciou a construção de 4.000 habitações) é um golpe sério para a solução de dois Estados".
"É o último local que permitiria uma continuidade territorial entre Belém (na Cisjordânia) e Jerusalém Oriental", indicou a ONG anti-colonização na rede social Twitter.
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