OIM urge comunidade internacional a encontrar alternativa para migrantes
A Organização Internacional das Migrações (OIM) apelou hoje à comunidade internacional para encontrar urgentemente um "mecanismo alternativo" que permita o desembarque seguro de migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo, após o bombardeamento das instalações portuárias de Tripoli, na terça-feira.
© Reuters
Mundo Líbia
A OIM "pede à comunidade internacional, incluindo a União Europeia, que encontre um mecanismo alternativo de desembarque seguro para migrantes resgatados durante a sua fuga da Líbia", numa posição transmitia através de comunicado.
O pedido surgiu depois de cerca de "200 migrantes terem sido devolvidos à Líbia algumas horas depois do principal porto da cidade ter sido bombardeado na terça-feira", acrescentou o organismo.
"Chegou a hora de ações concretas para garantir que vidas salvas no mar sejam levadas para portos seguros e para acabar com o sistema de detenção arbitrária", declarou o chefe da missão da OIM, Federico Soda, citado na nota.
A OIM defende ainda um "mecanismo de desembarque rápido e previsível", no qual os Estados do Mediterrâneo assumam a mesma responsabilidade por encontrar um porto seguro para os resgatados", salientando que é um "assunto urgente".
Segundo o organismo, "1.700 pessoas foram intercetadas ou resgatadas e devolvidas à Líbia pela guarda-costeira desde o início do ano", mais de 3.000 chegaram a Itália e Malta, muitos graças a navios de organizações não-governamentais (ONG).
No início da tarde de terça-feira, o porto de Trípoli e o porto secundário de al-Chaab foram alvo de 15 'rockets', apesar da entrada de um cessar-fogo, em janeiro, frágil e pouco respeitado, entre as forças do Governo de Acordo Nacional (GNA) e o Exército Nacional Líbio do marechal Khalifa Aftar.
A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais importantes no continente africano, é um país imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.
A situação tornou-se ainda mais crítica desde o início da ofensiva militar das forças do marechal Khalifa Haftar, que avançou em abril de 2019 contra Tripoli.
Desde o início da ofensiva das tropas de Haftar sobre Tripoli foram mortos mais de 280 civis e cerca de 2.000 combatentes, segundo a ONU. Perto de 150.000 líbios foram deslocados.
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