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Eleições: Merkel diz que não vai envolver-se na escolha de sucessor

A chanceler alemã rejeitou hoje influenciar a escolha de um novo líder para o seu partido, a União Democrata Cristã, depois de Annegret Kramp-Karrenbauer, indicada como sua sucessora, se ter demitido e anunciado não ser candidata a chanceler em 2021.

Eleições: Merkel diz que não vai envolver-se na escolha de sucessor
Notícias ao Minuto

15:30 - 19/02/20 por Lusa

Mundo Alemanha

"Remeto para o que disse em 2018, quando anunciei a minha saída da liderança do partido: não me vou envolver no processo eleitoral da nova presidência", afirmou a líder alemã, à margem de uma visita de trabalho a Berlim, que realizou em conjunto com a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin.

A crise da União Democrata Cristã (CDU) eclodiu após a eleição na Turíngia, leste da Alemanha, de um liberal como chefe do governo regional com os votos do partido conservador e do Alternativa para a Alemanha (Afd), de extrema-direita, quebrando o cordão sanitário imposto à ultra direta naquele país.

A própria Merkel descreveu, na altura, o procedimento como "imperdoável" e pediu que a situação fosse revertida. Esta declaração foi seguida pelo anúncio da retirada de AKK - como é chamada Annegret Kramp-Karrenbauer -, do líder liberal e também do chefe da CDU na Turíngia, Mike Mohring.

A chanceler insistiu hoje que o seu partido - "tal como os outros partidos presentes no parlamento", - rejeita a colaboração direta ou indireta da AfD. Tanto Merkel quanto o Presidente do país, Frank Walter Steinmeier, alertaram repetidamente que o partido de direita radical pretende "minar" a democracia.

Na terça-feira, o ex-ministro do Ambiente da Alemanha e presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, Norbert Röttgen, anunciou oficialmente a candidatura à liderança do CDU, tendo sido o primeiro a candidatar-se.

Outros nomes são apontados como potenciais aspirantes à liderança dos conservadores: o ex-líder do grupo parlamentar da CDU Friedrich Merz, o chefe do governo regional da Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet, e o ministro da Saúde, Jens Spahn.

Não foi ainda decidido quando vai ser escolhido o sucessor de Kramp-Karrenbauer, que manifestou a intenção de ouvir os potenciais candidatos à liderança para definir uma candidatura que seria submetida a ratificação pelo congresso da CDU previsto para dezembro.

O processo de designação do candidato a líder do partido deve ficar definido numa reunião da direção do partido prevista para a próxima segunda-feira, 24 de fevereiro, sendo provável que o plano de AKK seja rejeitado.

Röttgen defendeu hoje a necessidade de o líder do partido ser escolhido num congresso extraordinário antes do verão, para permitir definir até ao final do ano o candidato a chanceler.

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