Venezuela: Rússia nomeou novo embaixador em Caracas
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, nomeou hoje o diplomata Serguéi Melik-Bagdasárov como novo embaixador na Venezuela, depois de este ter acompanhado recentemente uma visita do chefe da diplomacia russa a Caracas.
© Reuters
Mundo Venezuela
Serguéi Melik-Bagdasárov desempenhava o cargo de diretor adjunto do Departamento de América Latina no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia e substitui no cargo a Vladímir Zayemski que estava em Caracas há mais de 10 anos.
A nomeação, segundo a imprensa venezuelana, foi publicada no Portal Oficial de Informação do governo russo onde se lê que Serguéi Melik-Bagdasárov será embaixador extraordinário e plenipotenciário da Federação da Rússia na República Bolivariana da Venezuela.
Nos primeiros dias de fevereiro, Serguéi Melik-Bagdasárov acompanhou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguéi Lavrov, a Caracas, onde se reuniu com o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Durante a visita, Serguei Lavrov defendeu a importância de Caracas e Moscovo ampliarem a cooperação técnico militar para aumentar a capacidade defensiva da Venezuela perante ameaças armadas externas.
"É importante desenvolver a nossa capacidade de cooperação técnica militar para aumentar a capacidade de defesa dos nossos amigos contra essas ameaças de fora", disse o ministro russo aos jornalistas após um encontro com Nicolás Maduro, no palácio presidencial de Miraflores.
"Somente o povo venezuelano tem o direito de decidir sobre o seu próprio futuro e o seu próprio destino, e a Rússia fará todos os possíveis para apoiar esse processo", disse.
Por outro lado, explicou que para além do setor militar, Moscovo e Caracas chegaram a acordo para avançar com novos investimentos e aprofundar a cooperação económica e comercial em várias áreas, apesar das sanções impostas pelos EUA contra a Venezuela.
A Venezuela, um país com uma das maiores reservas de petróleo do mundo, atravessa há mais de cinco anos uma grave crise económica, política e social.
A oposição responsabiliza o regime pela contração da economia, alta inflação, escassez de medicamentos e alimentos, e pela descida na produção de petróleo, a principal fonte de rendimento do país.
Por outro lado, o Governo venezuelano atribui a situação a uma "guerra económica" e a sanções impostas pelos Estados Unidos, que afirma terem o apoio da oposição do país.
A crise venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando o líder opositor e presidente do Parlamento, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente interino da Venezuela até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres no país.
Guaidó é apoiado por cerca de 50 países, incluindo Portugal (no âmbito da União Europeia).
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