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Líbia: UE anuncia nova missão naval para "bloquear a entrada de armas"

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) concordaram hoje numa nova missão naval para "bloquear a entrada de armas" na Líbia, com componente aérea e terrestre.

Líbia: UE anuncia nova missão naval para "bloquear a entrada de armas"
Notícias ao Minuto

15:34 - 17/02/20 por Lusa

Mundo Líbia

"Todos de acordo para criar uma missão que bloqueie a entrada de armas na Líbia (...). É uma missão contra o tráfico de armas que não é a missão Sophia, que deixou de existir", indicou aos media o chefe da diplomacia italiana, Luigi di Maio, no decurso de uma reunião do Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE onde foi abordada a atual situação na Líbia e o apoio ao processo de paz.

"A UE vai deslocar navios na zona leste da Líbia para impedir o tráfico de armas, mas caso esta missão provoque um afluxo de embarcações de migrantes, será interrompida", precisou Di Maio.

O ministro italiano insistiu que a operação Sophia "já não existe", referindo-se à missão da UE iniciada em 2015 que visava combater o tráfico de migrantes que pretendiam alcançar as costas italianas e de Malta e fazer respeitar o embargo da ONU às armas com destino à Líbia.

A unanimidade dos 27 Estados da UE era necessária para lançar esta nova missão e foi conseguida após a Áustria levantar as suas reservas depois de obter respostas a algumas exigências, disse o ministro austríaco, Alexander Schallenberg.

"A missão Sophia no Mediterrâneo terminou", confirmou Schallenberg. O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, considerava a missão Sophia como um "bilhete de entrada na Europa para milhares de migrantes clandestinos".

"O consenso é para uma operação militar, e não para uma missão humanitária e os navios vão cruzar outra zona que não abrangia a operação Sophia", acrescentou o chefe da diplomacia de Viena.

Segundo Heiko Mass, chefe da diplomacia alemã, "este acordo é positivo, porque permite à União Europeia contribuir para o controlo do embargo com uma nova missão".

As operações de salvamento no mar não estão afastadas, mesmo que os navios da operação da UE naveguem em zonas não utilizadas pelas embarcações de migrantes.

"Em caso de salvamento no mar, os náufragos serão da responsabilidade do país do pavilhão do navio, ou caso contrário, será necessário utilizar a rotação dos portos para os desembarques", esclareceu Di Maio.

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