Covid-19. Mulher obrigada a hospitalização após ter fugido de quarentena
Um tribunal de São Petersburgo ordenou hoje a hospitalização forçada de uma mulher russa que havia escapado da quarentena à qual fora submetida após ter viajado para a China, país que é o foco da epidemia do novo coronavírus (Covid-19). Tribunal russo ordena hospitalização de mulher que fugiu da quarentena
© Reuters
Mundo Rússia
"O tribunal de Petrogradski atendeu à queixa do diretor clínico do hospital Botkine sobre a hospitalização forçada de Alla Ilina. A decisão deve ser executada imediatamente", informou o tribunal à agência de notícias AFP.
Alla Ilina, de 33 anos, foi escoltada por oficiais de justiça para uma ambulância estacionada não muito longe do tribunal, segundo imagens da televisão local.
A mulher havia sido hospitalizada em 4 de fevereiro em São Petersburgo, no noroeste da Rússia, porque havia tido sintomas de dor de garganta após ter feito férias em janeiro na China.
Três dias depois, a mulher forçou a fechadura eletrónica da porta do quarto do hospital e fugiu, tendo postado um relato detalhado da sua fuga na sua conta na rede social Instagram.
A administração do hospital de Botkine não gostou do seu gesto e o diretor clínico apresentou uma queixa contra Ilina, pedindo que fosse colocada em quarentena forçada.
Oficialmente, a Rússia já não tem pacientes com o novo coronavírus no seu território após a alta hospitalar na semana passada do segundo caso confirmado no país, um cidadão chinês.
As autoridades russas tomaram medidas drásticas para impedir a propagação do novo coronavírus em seu território. Moscovo ordenou o encerramento da sua fronteira de 4.250 quilómetros com a China, o corte das ligações ferroviárias e a restrição de voos para cidades chinesas.
O número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.770, ao mesmo tempo que foram registados 2.048 novos casos de infeção, foi anunciado.
A Comissão de Saúde da China disse que o número de infetados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 são da província de Hubei, centro do surto.
Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.
A Comissão de Saúde da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pela doença, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e já receberam alta.
Estão ainda a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infetados, sublinhou.
Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província, situada no centro da China, para tentar controlar a epidemia, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
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