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EUA rejeitam críticas sobre egoísmo de Trump e a questão da NATO

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, rejeitou hoje as críticas do Presidente alemão e de outras autoridades europeias sobre o egoísmo do Governo Trump e a questão da NATO, dizendo que "não refletem a realidade".

EUA rejeitam críticas sobre egoísmo de Trump e a questão da NATO
Notícias ao Minuto

11:28 - 15/02/20 por Lusa

Mundo EUA

Os comentários feitos no dia anterior pelo Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, como outros dirigentes no mesmo sentido, "não refletem a realidade", disse Pompeo na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

"Tenho o prazer de informar que a ideia de que a aliança transatlântica está morta é muito exagerada", referiu Pompeo.

O chefe de Estado alemão, que não tem poder executivo, mas cuja voz é respeitada na Alemanha, criticou severamente, na sexta-feira, o curso seguido pelas autoridades norte-americanas, na abertura da mesma conferência em Munique.

"Nosso principal aliado, os Estados Unidos, recusam sob a Administração atual a própria ideia de comunidade internacional", referiu Frank-Walter Steinmeier.

"Os países são instados a colocar os seus próprios interesses acima dos interesses de todos os outros", referiu Steinmeier.

"'Great again', às custas dos vizinhos e parceiros", declarou o Presidente alemão, referindo-se ao 'slogan' eleitoral do Presidente norte-americano, Donald Trump, que era: 'Make America Great Again' (Fazer os Estados Unidos grande novamente).

O secretário de Estado dos Estados Unidos respondeu à críticas, dizendo que o seu país havia contribuído para o fortalecimento da NATO no seu flanco oriental, perto da fronteira com a Rússia, e que liderou os esforços para acabar com o autoproclamado "califado" do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.

"São estes os Estados Unidos que rejeitam a comunidade internacional?", questionou Pompeo.

"O Ocidente está a ganhar", disse o responsável norte-americano em resposta àqueles que duvidam da coesão do campo ocidental e do elo transatlântico.

"Estamos a vencer e estamos a fazer isso juntos", referiu Pompeo.

"O Ocidente tem um futuro melhor que as alternativas não liberais", acrescentou Pompeo, aludindo aos regimes desenvolvidos pela Rússia, China e até pelo Irão.

Pompeo também anunciou que os Estados Unidos vão financiar projetos de energia no valor de mil milhões de dólares (923 milhões de euros) nos países da Europa Central e Oriental para fortalecer sua independência energética em relação à Rússia.

"Como um sinal de apoio à soberania, prosperidade e independência energética de nossos amigos europeus (...), os Estados Unidos pretendem conceder até mil milhões dólares em financiamento (923 milhões de euros) aos países da Europa do Centro e Leste membros da 'Iniciativa dos Três Mares'", que reúne doze Estados da União Europeia (UE), afirmou o responsável norte-americano.

"Queremos galvanizar o investimento do setor privado nos campos de energia para proteger a liberdade e a democracia em todo o mundo", acrescentou.

A 'Iniciativa dos Três Mares' reúne doze países da União Europeia banhados pelos mares Báltico, Adriático e Negro. Essa área estende-se à Estónia e à Polónia no Norte, à Croácia no Sul, e à Roménia e à Bulgária no leste da Europa.

O seu objetivo é fortalecer a cooperação entre seus membros nos campos de energia, infraestrutura e segurança, em particular em relação à Rússia, que muitos dos seus membros consideram uma ameaça direta.

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