Militar raptado no Mali escapa a jihadistas após andar 80 quilómetros
Um membro de uma corporação militar do Mali, raptado por um grupo 'jihadista' no final de janeiro no centro do país, conseguiu escapar para território seguro após caminhar durante 80 quilómetros, segundo agências noticiosas internacionais.
© iStock
Mundo Mali
O militar tinha sido capturado durante um ataque ao campo de Sokolo, em 26 de janeiro, que matou 20 pessoas e feriu cinco outras entre as forças malianas, provocando, de acordo com o Governo, "quatro mortos no lado inimigo".
O Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla francesa), principal aliança 'jihadista' no Sahel, e com ligações à Al-Qaida, reivindicou o ataque e alegou ter feito refém três militares.
Um militar citado pela agência France-Presse referiu que se trata de um marechal que "andou 80 quilómetros para chegar" a um posto da corporação, em Niono, e que agora está em Ségou, onde recebe assistência médica.
"Ele está a portar-se bem", disse um responsável da enfermaria militar em Ségou, acrescentando que "escapou da vigilância" dos seus captores antes de entrar num rio e se "aproveitar dos arbustos" para chegar a Niono.
A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.
Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com