SPD condiciona coligação de governo na Alemanha à liderança de Merkel
O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) assinalou hoje que só se mantém na grande coligação de governo com a União Democrata-Cristã (CDU) se a chanceler for Angela Merkel.
© Reuters
Mundo Alemanha
"Angela Merkel é a chanceler e é com ela que formamos esta coligação", disse o secretário-geral do SPD, Lars Klingbeil.
"Abandonaremos a coligação com ela, como planeado, nas próximas eleições federais previstas", em outubro de 2021, acrescentou, naquela que é a declaração mais clara sobre o assunto de uma figura de primeira linha dos sociais-democratas.
Declaração semelhante foi feita pelo líder do aliado bávaro da CDU, a União Social-Cristã (CSU), Markus Söder, também membro da coligação, que advertiu que ninguém deve procurar "um fim abrupto da era Merkel" porque a Alemanha precisa de "um governo estável, com uma chanceler internacionalmente respeitada".
Estas tomadas de posição ocorrem na sequência da crise na CDU desencadeada pela demissão de Annegret Kramp-Karrenbauer, eleita líder do partido em dezembro de 2018 e considerada a favorita de Merkel para lhe suceder.
AKK, como é normalmente designada na imprensa, disse na segunda-feira que não será candidata a chanceler e, como tal, abandona a liderança da CDU, uma vez que considera, como Merkel, que as duas funções devem ser exercidas pela mesma pessoa.
O plano de AKK é definir nos próximos meses quem vai ser o candidato a chanceler, que seria ratificado como tal e como líder do partido num congresso em dezembro.
Este calendário é questionado tanto na CDU como na CSU, por adiar uma decisão por longos meses, e a maioria dos analistas considera-o impraticável, admitindo a eleição de um novo líder a curto prazo.
A possibilidade de ser eleita uma figura da ala mais conservadora da CDU cria um potencial de conflito com a chanceler, de perfil mais moderado, que poderia levar ao fim da coligação e à convocação de eleições federais antecipadas.
Entre os potenciais candidatos à liderança da CDU estão duas destacadas figuras dessa ala mais conservadora, Friedrich Merz e Jens Spahn.
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