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Rússia acusa Turquia de não "neutralizar os terroristas" em Idlib

Ancara não respeita os acordos russo-turcos para um cessar-fogo na Síria e nada faz para "neutralizar os terroristas" na região rebelde de Idlib, acusou hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Rússia acusa Turquia de não "neutralizar os terroristas" em Idlib
Notícias ao Minuto

12:55 - 12/02/20 por Lusa

Mundo Rússia

Evocando os acordos de Sochi concluídos em outubro, Peskov explicou que a Turquia tinha "a obrigação de neutralizar os grupos terroristas", mas que "todos estes grupos bombardeiam as tropas sírias e realizam ações agressivas contra instalações militares russas".

"Isto é inaceitável e contrário aos acordos de Sochi", adiantou o porta-voz de Vladimir Putin. Ao mesmo tempo desresponsabilizou as forças sírias, que, segundo ele, atacam "os terroristas e não os civis".

O tom subiu hoje entre Ancara e Moscovo, após vários dias de combates entre as forças turcas e sírias na província de Idlib (noroeste), que provocaram a morte de 14 soldados turcos em bombardeamentos das forças de Bashar al-Assad, apoiadas pela Rússia.

Apesar de apoiarem campos opostos na guerra civil síria, a Turquia e a Rússia reforçaram a sua cooperação e patrocinaram um acordo de cessar-fogo para Idlib em 2018, no decurso de uma cimeira em Sochi, que foi repetidamente violado.

Ancara tem reforçado a sua presença militar na região, enquanto o regime sírio tem conseguido progredir nas últimas semanas face aos grupos 'jihadistas' e rebeldes que controlavam a província.

Dirigindo uma rara crítica à Rússia, Erdogan acusou hoje Moscovo de "massacres" e denunciou num discurso "as promessas que não são respeitadas".

O presidente turco repetiu que Ancara atacará o regime sírio "em toda a parte" em caso de novo ataque contra as suas forças.

Combates inéditos e mortíferos entre forças do regime sírio e militares turcos registam-se desde o início de fevereiro na província de Idlib, onde Ancara apoia grupos rebeldes e dispõe de posições militares que reforçou recentemente.

Damasco, por seu turno, afirma a sua vontade de continuar a avançar na última região que escapa ao seu controlo e, para evitar uma escalada, Ancara tem multiplicado os contactos com Moscovo.

Perto de 700.000 pessoas fugiram desde dezembro da ofensiva militar lançada por Assad em Idlib.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011, já causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

[Título corrigido a 23 de fevereiro para corrigir título]

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