Palestinianos apoiam 'luta' de Abbas na ONU contra "plano Trump"
Milhares de palestinianos manifestaram-se hoje na Cisjordânia em apoio da sua liderança que tenta conseguir ajuda nas Nações Unidas para uma resolução contra o plano da administração norte-americana para resolver o conflito israelo-palestiniano.
© Reuters
Mundo Conflito
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, deverá discursar hoje na ONU, mas os membros do Conselho de Segurança não votarão um projeto de resolução.
As autoridades palestinianas negaram que o projeto de resolução tenha sido retirado, embora diplomatas tenham dito que vários membros, incluindo países europeus, rejeitaram a linguagem do texto.
O plano do presidente norte-americano, Donald Trump, divulgado na Casa Branca a 28 de janeiro, apoia a posição de Israel em praticamente todas as questões mais controversas do conflito com várias décadas.
Considera Jerusalém como a "capital indivisível" de Israel - os palestinianos reivindicam a parte leste da cidade para capital do futuro Estado a que aspiram - e permite a anexação de vastas zonas da Cisjordânia com colonatos, que são considerados ilegais pela maioria da comunidade internacional.
A proposta suscitou a aprovação de numerosos israelitas e a cólera dos palestinianos, muitos dos quais encheram hoje a praça Al-Manara em Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana.
Alguns manifestantes seguravam cartazes onde se podia ler "Trump é parte do problema, não a solução" ou "roubo do século", numa referência à expressão "acordo do século" utilizada pelo presidente norte-americano para designar o seu plano.
"Todos os palestinianos e todas as fações, nacionais e islâmicas, estão com o presidente Mahmud Abbas", disse o primeiro-ministro, Mohammed Shtayyeh, à multidão.
"Todas as ruas estão cheias (...) Esta é a resposta palestiniana", adiantou.
Abbas tem vindo a tentar obter apoio internacional contra o "plano Trump".
A Liga Árabe pronunciou-se por unanimidade a favor dos palestinianos, mas aliados dos Estados Unidos como o Egito e a Arábia Saudita indicaram ter apreciado os esforços de Washington e pediram novas negociações.
Israel e os palestinianos não têm negociações há mais de uma década.
A União Europeia reiterou num comunicado da semana passada que apoia a solução de dois Estados com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967, quando Israel ocupou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, além de territórios egípcios e sírios.
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