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Chefe militar pede que tailandeses não culpem exército por ataque

Um alto oficial militar tailandês pediu hoje aos seus compatriotas que "não acusem o exército" pelo ataque realizado por um soldado em que morreram 29 pessoas, num caso sem precedentes no país.

Chefe militar pede que tailandeses não culpem exército por ataque
Notícias ao Minuto

11:59 - 11/02/20 por Lusa

Mundo Tailândia

O comandante em chefe do exército tailandês, general Apirat Kongsompong, chorou ao pedir desculpas às vítimas durante uma conferência de imprensa, mas recusou-se a deixar o seu cargo.

"O exército é uma organização grande, composta por centenas de milhares de pessoas (...), não posso vigiar todas", referiu.

"Alguns criticam o exército, [mas] exorto-os a não acusarem o exército (...), porque é uma organização sagrada", declarou.

Em vez disso, "acusem-me, general Apirat", declarou o comandante em chefe do exército tailandês.

O atacante, um oficial subalterno, foi morto a tiro pelas autoridades depois do ataque que realizou no fim-de-semana.

Acredita-se que o atirador tenha agido após uma discussão com um superior sobre uma dívida ligada à venda de uma propriedade, segundo as autoridades. Os militares dizem que este é um caso isolado de um soldado rebelde, não o produto de um sistema corrupto.

O general prometeu facilitar as investigações sobre queixas de jovens oficiais contra os seus superiores no futuro.

No presente caso, o atirador "foi enganado por seu superior e os seus familiares que lhe prometeram indemnização" pela venda de uma casa, disse o general.

O soldado matou o seu superior e a sogra do último antes de continuar o seu massacre durante 17 horas.

O exército é omnipresente no país e o seu orçamento aumentou desde o último golpe de 2014.

Os líderes militares costumam fazer parte dos conselhos de empresas estatais da Tailândia, alguns têm grandes fortunas e são frequentemente designados para cargos ministeriais.

Os quartéis são acusados de abrigar atividades comerciais fora da lei, como agências imobiliárias e empresas de segurança privada, e os soldados às vezes são chamados a trabalhar para oficiais seniores.

O general, que se deve reformar em setembro, prometeu fazer uma limpeza para remover os generais e coronéis corruptos do exército.

Após o massacre, os tailandeses inundaram as redes sociais com críticas aos seus líderes, acusando-os de mostrar pouca empatia após de assassínios sem precedentes.

Até agora, nenhum membro da família real tailandesa, protegida de perto pelo exército, visitou os sobreviventes.

No domingo, o militar disparou indiscriminadamente no interior de um centro comercial em Nakhon Ratchasima, onde se barricou com vários reféns durante mais de 15 horas, resultando em 29 mortos e dezenas de feridos.

O autor dos disparos, Jakrapanth Thomma, foi morto pelas forças de segurança na superfície comercial, que tinha apenas uma zona de acesso.

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